Avenida Paulista: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
Ir para navegação Ir para pesquisar
Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
 
(2 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
----tag<poem>
{{Comentário}}
 
<poem>
  Avenida Paulista
 
Cai a noite e a garoa na Avenida Paulista
Cai a noite e a garoa na Avenida Paulista
Deixo-a cair toda sobre meus poucos cabelos...
Deixo-a cair toda sobre meus poucos cabelos...
Linha 46: Linha 44:
Hei Paulista!Pra onde vais?
Hei Paulista!Pra onde vais?
E eu responderei...
E eu responderei...
Não sei , vou onde a história me levar    
Não sei , vou onde a história me levar  
 
  </poem>
  Callia
 


                            [[Categoria:Callia]]
{{Comentário}}[[Categoria:Callia]]

Edição atual tal como às 21h12min de 20 de dezembro de 2023

Cai a noite e a garoa na Avenida Paulista
Deixo-a cair toda sobre meus poucos cabelos...
Alguns já brancos , você sabia?Alguns já brancos ,
eu não sabia..

Ando pela minha rua , olho os rostos maquiados das paulistanas ,
Pra onde vão?De que Banco Vêm?
O que me dizem os sobretudos longos
As capas pretas , seus guarda chuvas?

Um sindicalista grita coisas contra o imperialismo
Reinvocando o imperialismo Comunista
Qual escolher?Qual escolher?
Se tudo tem de ser imperialismo,
Melhor ser um bêbado na Paulista!

Lá longe , na entrada do metrô
Toca sereno um violinista
Toca tão triste as musicas do passado
Que me faz encontrar-me apaixonado
Pela bela moça Estátua
Uma estátua viva e prateada Na Paulista

Mais saiba minha Avenida , vou lhe deixar
Porque é da índole de todo Paulista , viajar
Sou um bandeirante pós moderno digital
Caçando historias , pra te contar na minha volta

Se são urbanos , todos os poetas , paulistas , paulistanos
Sagrados adoradores do sagrado , do profano
Nas missas da Igreja da Consolação
Nas festas da Augusta à São João

E desse cruzamento da Avenida e a Rua augusta ,
Dos hiipies , anarquistas , executivos , jornalistas
Anjos e demônios , das pizzarias
Das baladas , e dos sebos
Nas noites alucinadas

Os postes ébrios da Rua Augusta
Hão um dia de perguntar...
Hei Paulista!Pra onde vais?
E eu responderei...
Não sei , vou onde a história me levar