Avenida Paulista

De Sexta Poética
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Cai a noite e a garoa na Avenida Paulista
Deixo-a cair toda sobre meus poucos cabelos...
Alguns já brancos , você sabia?Alguns já brancos ,
eu não sabia..

Ando pela minha rua , olho os rostos maquiados das paulistanas ,
Pra onde vão?De que Banco Vêm?
O que me dizem os sobretudos longos
As capas pretas , seus guarda chuvas?

Um sindicalista grita coisas contra o imperialismo
Reinvocando o imperialismo Comunista
Qual escolher?Qual escolher?
Se tudo tem de ser imperialismo,
Melhor ser um bêbado na Paulista!

Lá longe , na entrada do metrô
Toca sereno um violinista
Toca tão triste as musicas do passado
Que me faz encontrar-me apaixonado
Pela bela moça Estátua
Uma estátua viva e prateada Na Paulista

Mais saiba minha Avenida , vou lhe deixar
Porque é da índole de todo Paulista , viajar
Sou um bandeirante pós moderno digital
Caçando historias , pra te contar na minha volta

Se são urbanos , todos os poetas , paulistas , paulistanos
Sagrados adoradores do sagrado , do profano
Nas missas da Igreja da Consolação
Nas festas da Augusta à São João

E desse cruzamento da Avenida e a Rua augusta ,
Dos hiipies , anarquistas , executivos , jornalistas
Anjos e demônios , das pizzarias
Das baladas , e dos sebos
Nas noites alucinadas

Os postes ébrios da Rua Augusta
Hão um dia de perguntar...
Hei Paulista!Pra onde vais?
E eu responderei...
Não sei , vou onde a história me levar