Balé de Amor: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Houve um tempo que seu sorriso era largo
Houve um tempo que seu sorriso era largo
De sua boca saiam muito beijos
De sua boca saiam muitos beijos
Que me chegavam como flores.
Que me chegavam como flores.
No meu jardim era sempre primavera
No meu jardim era sempre primavera

Edição das 21h59min de 19 de setembro de 2009

<poem>

Houve um tempo que seu rosto era iluminado De seus olhos saiam estrelas Estrelas que giravam a minha volta Como em estórias de fadas. Eu girava na mesma órbita E me fazia princesa.

Houve um tempo que seu sorriso era largo De sua boca saiam muitos beijos Que me chegavam como flores. No meu jardim era sempre primavera

De sua boca saiam, também, canções Canções de palavras que comungavam amor, admiração, devoção, felicidade e satisfação.

Com esta canção eu fiz meu balé Eu era a primeira bailarina E bailava com a leveza de quem Não carrega nenhum fardo. Era leve... Muito leve... Quase flutuava.

Hoje seu rosto é pálido Pálido e frio. Seus olhos estão cegos. Sua boca se fechou, Fechou-se como um cofre.

Em suas veias corre metal. Ora, seus olhos soltam raios de desprezo. Ora, refletem nuvens de ironia.

Uma névoa pairou sobre meu jardim Já não ouço nenhuma canção Apenas o silêncio do vazio. Este vazio preenche aquele espaço Que dantes eu dançava...

Já não sou bailarina Apenas, bailo ao leo no vazio.

          12/05/2007