Balé de Amor: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Sem resumo de edição
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Linha 4: Linha 4:
De seus olhos saiam estrelas  
De seus olhos saiam estrelas  
Estrelas que giravam a minha volta
Estrelas que giravam a minha volta
Como em estórias de fadas.
Como em estórias de fadas
Eu girava na mesma órbita
Eu girava na mesma órbita
E me fazia princesa.
E me fazia princesa


Houve um tempo que seu sorriso era largo
Houve um tempo que seu sorriso era largo
De sua boca saiam muitos beijos
De sua boca saiam muitos beijos
Que me chegavam como flores.
Que me chegavam como flores
No meu jardim era sempre primavera
No meu jardim era sempre primavera


Linha 16: Linha 16:
Canções de palavras que comungavam
Canções de palavras que comungavam
amor, admiração, devoção,  
amor, admiração, devoção,  
felicidade e satisfação.
felicidade e satisfação


Com esta canção eu fiz meu balé
Com esta canção eu fiz meu balé
Eu era a primeira bailarina
Eu era a primeira bailarina
E bailava com a leveza de quem
E bailava com a leveza de quem
Não carrega nenhum fardo.
Não carrega nenhum fardo
Era leve... Muito leve...
Era leve... Muito leve...
Quase flutuava.
Quase flutuava


Hoje seu rosto é pálido
Hoje seu rosto é pálido
Pálido e frio.
Pálido e frio
Seus olhos estão cegos.
Seus olhos estão cegos
Sua boca se fechou,
Sua boca se fechou
Fechou-se como um cofre.
Fechou-se como um cofre.


Em suas veias corre metal.
Em suas veias corre metal
Ora, seus olhos soltam raios de desprezo.
Ora, seus olhos soltam raios de desprezo
Ora, refletem nuvens de ironia.
Ora, refletem nuvens de ironia


Uma névoa pairou sobre meu jardim
Uma névoa pairou sobre meu jardim
Já não ouço nenhuma canção
Já não ouço nenhuma canção
Apenas o silêncio do vazio.
Apenas o silêncio do vazio
Este vazio preenche aquele espaço
Este vazio preenche aquele espaço
Que dantes eu dançava...
Que dantes eu dançava...
Linha 43: Linha 43:
Já não sou bailarina
Já não sou bailarina
Apenas, bailo ao leo
Apenas, bailo ao leo
no vazio.
no vazio vazio


           '''12/05/2007'''
           '''12/05/2007'''


{{Comentário}}[[Categoria: Zaida]]
{{Comentário}}[[Categoria:A Árvore dos Segredos]]

Edição das 20h35min de 9 de outubro de 2009

<poem>

Houve um tempo que seu rosto era iluminado De seus olhos saiam estrelas Estrelas que giravam a minha volta Como em estórias de fadas Eu girava na mesma órbita E me fazia princesa

Houve um tempo que seu sorriso era largo De sua boca saiam muitos beijos Que me chegavam como flores No meu jardim era sempre primavera

De sua boca saiam, também, canções Canções de palavras que comungavam amor, admiração, devoção, felicidade e satisfação

Com esta canção eu fiz meu balé Eu era a primeira bailarina E bailava com a leveza de quem Não carrega nenhum fardo Era leve... Muito leve... Quase flutuava

Hoje seu rosto é pálido Pálido e frio Seus olhos estão cegos Sua boca se fechou Fechou-se como um cofre.

Em suas veias corre metal Ora, seus olhos soltam raios de desprezo Ora, refletem nuvens de ironia

Uma névoa pairou sobre meu jardim Já não ouço nenhuma canção Apenas o silêncio do vazio Este vazio preenche aquele espaço Que dantes eu dançava...

Já não sou bailarina Apenas, bailo ao leo no vazio vazio

          12/05/2007