Borrões de Vidas: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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(puro atrevimento)
(Reescrito, tentando manter o contexto anterior)
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Tenho muito que escrever
Vejo pessoas!
vidas amassadas esmigalhadas
Vidas amassadas esmigalhadas
atropeladas mal contadas
atropeladas mal contadas...
Todos as têm...
Multidões de roldão
compondo vidas em borrões


Ninguém as passa a limpo
Vejo outras! 
ninguém as escreve ou descreve
Desnudam revelam desvendam
vão a roldões, as multidões
rabiscos de vidas borradas...
fazendo borrões sobre borrões
Sujas de poeira café feijão
cera cimento... restos de construção
arroz tijolo tinta...
cal pólen sêmen... E mel!
Açucarado na vasta lentidão


Alguns poucos corajosos
Vejo nestes os poetas!
desnudam desvendam e revelam
Insistem persistem lavam
seus rascunhos borrados <sup> _ </sup>
esmiuçam limpam passam a limpo...
traços mal escritos de suas vidas
Vêem beleza no avesso no caos no lixo
 
Do lixo recompoem vidas entre farrapos e canção
Sujos de poeira café feijão
arroz cera cimento tijolo
tinta sémen pólen... Por vezes mel
quase sempre açucarado de tanto esperar
 
Esses são os poetas
Insistem passar a limpo tudo
e vêem beleza até no lixo que se forma
e daquele lixo renascem
Pr'á começar tudo de novo...
 
        ''27/09/2009''


{{Comentário}}[[Categoria:Zaida]]
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Edição das 05h24min de 4 de março de 2011

<poem> Vejo pessoas! Vidas amassadas esmigalhadas atropeladas mal contadas... Multidões de roldão compondo vidas em borrões

Vejo outras! Desnudam revelam desvendam rabiscos de vidas borradas... Sujas de poeira café feijão cera cimento... restos de construção arroz tijolo tinta... cal pólen sêmen... E mel! Açucarado na vasta lentidão

Vejo nestes os poetas! Insistem persistem lavam esmiuçam limpam passam a limpo... Vêem beleza no avesso no caos no lixo Do lixo recompoem vidas entre farrapos e canção