Brasiléia: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Maravilha se formando
Maravilha se formando
Do arco-íris vem nos brindar
Do arco-íris nos vem brindar
Com os matizes dessa Terra
Com os matizes dessa Terra
A nos conduzir e abençoar...
A nos conduzir e abençoar...
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Edição das 20h15min de 2 de novembro de 2009

A Brasiléia, o épico das multidões!

Ela explica-se a si mesma e, se acaso não vos explicar, basta pagar uma pinga que de bom humor vós ireis entendê-la!

Introdução

Minha terra não tem métrica
Que súbita harmonia
A Brasiléia não é épica
Seja uma ode à alegria

Uma multidão de heróis
Da pátria sem fronteiras
Constrói seu mutirão
À livre moda brasileira

vamos juntos nos fazendo
ao fazer essa canção
soltando fogos, uivos, vivas
à nossa miscigenação

Povos

No princípio éramos povos
De mil nomes línguas terras
Tínhamos nossas mil fés
Lutávamos nossas mil guerras

Araweté, Ashaninka,Yanomami
Karajá, Kaiapó e Guarani
Kaiagang, Kanoê e Banawa
Há muito tempo estamos por aqui

Despertávamos o sol, a lua
Por danças e invocações
Nos contavam as cachoeiras
Segredos das estações

Por séculos aqui vivemos
Com a natureza solidária companhia
florestas e rios, montanhas e mar
muitos perigos e muita alegria

Só há pouco vimos chegar
Em monção, bandeira e missão
Os arcabuzes da lusofonia
Berrando chumbo em tom cristão

Que por Índios nos abreviaram
Logo o nome, a terra, a vida
E em grilhões nos sufocaram
A língua, a fé, a alma perdida

Primeiro chegaram portugueses
Também vieram os espanhóis
Levavam nossas riquezas
Deixavam facas e anzóis

Estados

No começo os portugueses
criaram as tais capitanias
imensas faixas da terra
foram dadas por franquia

Rios do Brasil

E esse povo tão diverso
atrás de um mundo mais feliz
foi entrando a mata adentro
subindo os rios do país

Pássaros

Nossa terra tem mil pássaros
cantam aqui como acolá
melodias co'as sete notas
sol lá si... dó ré mi fá

Aquarela

Se permitis vós a graça
De aqui pintar sua luz
Em formas multicoloridas
Nossa Brasiléia nos seduz

Ao vermelho terra intenso
Tons pastéis vem se mesclar
Ocres, sépias, liláses, ambar
No relevo a se abraçar

Céu azul indescritível
Denso sem começo ou fim
E o crepúsculo horizonte
Casa ao amarelo o carmim

Maravilha se formando
Do arco-íris nos vem brindar
Com os matizes dessa Terra
A nos conduzir e abençoar...