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De Sexta Poética
Revisão de 17h58min de 1 de abril de 2020 por Nevinho (discussão | contribs)
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Sim, lógico, poderia ser
Outra pessoa. Afinal
O que importa
É a companhia - qualquer uma
Pessoa, outra
Poderia ser.

Pessoa qualquer
Que ame a natureza
Goste das plantas
Defenda os animais

Pessoa qualquer que cuide da Lilica
Zele pelo Dique
Tem carrapato? Esse caroço na barriga o que é?

Pessoa qualquer que admira Niède Guidon
Respeita Ana Maria Primavesi
Curte pintura rupestre e acredita na recuperação do solo

Uma que contemple o vale do Rio São Bartolomeu
E seus olhos azuis brilhem cintilando perguntas:
O capão da onça onde fica no mapa, aqui?
Olhe para cerrado esse bioma
E veja a vida cuja diversidade assombra

Pessoa curiosa pelo que tem dentro"
E cresce escondido da atenção comum ao dia a dia
Cura ferida?
Alimenta bicho?
Dá certo fazer um chá?
Atenta ao que existe à margem
E compõe o mosaico _ enfim,
No Planalto Central do Brasil
Alguém que descobriu nova razão de ser

Precisa-se dessa pessoa que ama a natureza
Que tem nome sim, importante pra mim
Mas aos outros basta sabê-la professora
(Seus detalhes, minúcias, segredos
Guardo todos pra mim)
Roncenho termista, mulher dolomítica

Infelizmente, não existe meia dúzia iguais assim
Quem me dera existissem duas

Nevinho