Desnatureza: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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Meu solo... Minhas raizes...
Meu solo... Minhas raizes...
E derramar-me toda a seiva..
E derramar-me toda a seiva..
::''26/05/2009''
::''26/05/2007''


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[[Categoria:Árvore dos Segredos]]
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Edição das 23h07min de 27 de setembro de 2009

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Henfil
   Se não houver frutos
   Valeu a beleza das flores
   Se não houver flores
   Valeu a beleza das folhas
   Se não houver folhas
   Valeu a intenção das sementes.

Mas... Não bastou o fruto Nem a beleza das flores Nem a folhas Agora, até a intenção da semente foi lograda

Mas, existiu! O fruto permanece As flores? É claro, existiram... e belas! Se não fosse por elas o fruto não vingaria.

Mas, vingou! E houveram, também, folhas... Verdes, luminosas e se renovavam a cada estação Horas balançavam ao vento, hora aquietavam-se Se não fossem por elas não Haveria a sombra...

Mas houve! Houveram , também os galhos Que pressos ao tronco formavam a mais bela das esculturas O tronco era forte A seiva corria-lhe facilmente, Das raízes aos frutos De lá para cá! Se não fosse o tronco Nada, então, teria existido

Agora, além de já ter me logrado a semente... Agora, além de não teres percebido que a folhas lhe davam sobram Agora, além de não teres percebido a beleza das flores Nem sequer seu perfume... Saboreias e se deleita só com o fruto Este não negas!

Mas... Não satisfeito! Para que não mais floresça Para que não mais dê sombra Corta-me o tronco...

E por fim, Queres arrancar-me do solo Despregrar-me minhas raizes Meu solo... Minhas raizes... E derramar-me toda a seiva..

26/05/2007