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De Sexta Poética
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(desenvolvendo o tema, poema)
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Olho por aí, não sou olhado
Mesmo assim muito falado por quem nunca me vê
Invisível, eu não sou lembrado
Excepto quando cobrado, acusado de dever


Dizem que eu não pago nem imposto
Dizem que eu não pago nem imposto
Mas o que me foi imposto nessa vida não se diz
Mas o que me foi imposto nessa vida não se diz


Que me foi imposta tan tanta pobreza
Que me foi imposta tanta pobreza
Que eu não tive nem certeza de ter dentes pra sorrir
Que eu não tive nem certeza de ter dentes pra sorrir
Foi-me imposta tan tanta pobreza
 
Que eu te digo com certeza eu paguei mais que devi
Não dizem que a vida deu-me pouco
E mesmo trabalhando muito, outro pouco consegui
 
Foi-me imposta tanta pobreza
Que eu te digo com certeza, eu paguei mais que devi
 
Todo ofício do pobre é um vício,
Meu ofício é um vício do mundo em que nasci


</poem>
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[[Categoria:Solstag]]
[[Categoria:Solstag]]

Edição das 02h43min de 6 de novembro de 2012


Olho por aí, não sou olhado
Mesmo assim muito falado por quem nunca me vê

Invisível, eu não sou lembrado
Excepto quando cobrado, acusado de dever

Dizem que eu não pago nem imposto
Mas o que me foi imposto nessa vida não se diz

Que me foi imposta tanta pobreza
Que eu não tive nem certeza de ter dentes pra sorrir

Não dizem que a vida deu-me pouco
E mesmo trabalhando muito, outro pouco consegui

Foi-me imposta tanta pobreza
Que eu te digo com certeza, eu paguei mais que devi

Todo ofício do pobre é um vício,
Meu ofício é um vício do mundo em que nasci