Mãos Alquebradas

De Sexta Poética
Revisão de 09h40min de 10 de outubro de 2009 por Zaida (discussão | contribs)
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Hoje um sentimento me penetra Estou passiva, quase dependente As grandes ilusões De que o mundo poderia salvar... Se foram!

Assim como a ansiedade misturadas ao vício De tudo fazer, de tudo conta dar.. Assim como a indignação com tudo e todos Pois tudo fazia, o que Todos não podiam fazer.

Hoje de dia ou noite Sou um amargo vazio de quem gastou Todas as forças e elas se foram... Cansaram de ser força, Força forçada.

Braços, punhos e mãos rebelaram-se De tudo tanto fazer com esmero e perfeição... Se, assim, alquebrados não estivessem Tornariam a fazer. Hoje não mais ouvem os apelos de minha mente.

Esta, a mente, continua funcionando Embora sabê-la cansada... Cansada de tanto pensar e, agora Mais este pesar...

Quereria-me, ele, assim? No fundo sei que me repelias a luz do dia. Tanta altivez, independência e intolerância... Mas, sob o manto escuro me amavas. Tais vicissitudes me personificavam, mescladas A atitude, vontade e uma incasável procura De mais, mais e mais... Satisfazer-me... Satisfazendo-o.

                           Junho/2007