https://poetica.cienciaaberta.net/sp-mw/index.php?title=Nocti_Lucca&feed=atom&action=historyNocti Lucca - Histórico de revisão2024-03-29T14:28:44ZHistórico de revisões para esta página neste wikiMediaWiki 1.39.5https://poetica.cienciaaberta.net/sp-mw/index.php?title=Nocti_Lucca&diff=2723&oldid=prevSolstag: ajeitei um pouco a formatação2009-12-07T05:35:02Z<p>ajeitei um pouco a formatação</p>
<table style="background-color: #fff; color: #202122;" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 02h35min de 7 de dezembro de 2009</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l19">Linha 19:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 19:</td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Que amor não se explica?</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Que amor não se explica?</div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> È a vela que passa</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> È a vela que passa</div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker" data-marker="−"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del style="font-weight: bold; text-decoration: none;"> </del>Na noite que fica <del style="font-weight: bold; text-decoration: none;">==</del></div></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"> </ins>Na noite que fica<ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">"</ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td class="diff-marker" data-marker="−"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del style="font-weight: bold; text-decoration: none;"> </del>Fernando Pessoa</div></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"> </ins>Fernando Pessoa</div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Estou com frio , mexo-me o mínimo possível pois a sensação é que se eu simplesmente dobrar um dedo , o frio aumentará , é sono , uma semi vigília , não sei , o vento gira pela noite e canta , joga os borrifos de mar sobre o convés , a água salgada invade meu saco de dormir ocupando meu rosto descendo pelo macacão , aumenta o frio...as vezes a gente busca situações como esta , não foi propriamente um sonho quando me vi largado na cama ao teu lado , embaixo do edredorm , a musica da tua voz, esta concepção de alegria que encontro ao invadir com meu nariz os limites de tua blusa...onde você está?Você se preocupa comigo?Você sabe quanto frio eu sinto? o quanto esta distancia , e o mar que se levanta numa muralha e desaba sobre mim nesta noite de vigília castiga?</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Estou com frio , mexo-me o mínimo possível pois a sensação é que se eu simplesmente dobrar um dedo , o frio aumentará , é sono , uma semi vigília , não sei , o vento gira pela noite e canta , joga os borrifos de mar sobre o convés , a água salgada invade meu saco de dormir ocupando meu rosto descendo pelo macacão , aumenta o frio...as vezes a gente busca situações como esta , não foi propriamente um sonho quando me vi largado na cama ao teu lado , embaixo do edredorm , a musica da tua voz, esta concepção de alegria que encontro ao invadir com meu nariz os limites de tua blusa...onde você está?Você se preocupa comigo?Você sabe quanto frio eu sinto? o quanto esta distancia , e o mar que se levanta numa muralha e desaba sobre mim nesta noite de vigília castiga?</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Eu saio da crisálida do saco de dormir e sou envolto pelo vento cortante , o sal do mar acumula-se no meu cabelo, torna-o pegajoso , com gosto de mar...agarro-me à amurada e chego ao posto de vigília, tudo joga,tudo balança demais , equilibro-me e me jogo ao outro lado da amurada numa tentativa débil e solitária para tentar controlar a posição do barco que orsando contra o vento já aderna à mais de 50 graus ,tanto que vejo-me de pé na amurada(parede) e segurando nos estais ,ao olhar para baixo no lugar onde deveria estar o piso , está o mar ; com força tirada sabe-se lá da onde riso um pouco da vela mestra, o que me faz perder velocidade porém reestabiliza o navio...encolho-me no convés e fico a observar o mar infinito...quando de repente vejo que algo brilha na água , e as ondas que a proa faz no encontro das águas emitem raios fosforescentes na imensidão da noite azul , são verdes como as canetas grifa texto que você usava nos teus livros...,são as Nocti Luccas, como pode ?Como é possível?Como pode a natureza , seja ela Deus , seja ela o Caos , seja ela qualquer coisa, criar um espetáculo tão bonito?O que são esses raios de Luz que tingem o mar?São essas algas , que comprimidas pelo casco lançam essa luz na escuridão?São as nocti luccas , são as mesmas que meu avô no mar , na praia,numa praia hà tantos anos, fazia saltar sobre meus olhos vidrados de criança desenhando com um graveto fluorescências e sonhos na água do mar?Será esta a concepção , o segredo do mar que une tudo?Que nos dá o peixe , o oxigênio , os sonhos dos sonhadores , a energia do grito de terra à vista?O passado , o presente , as nocti lucas as boas lembranças e esta vontade de contar pra você esta história e você mesmo sabendo que você não quer mais me ouvir?Você que tem medo de amar esse pobre lobo do mar?Eu olho para as ondas , eu olho para as nocti lucas nesta noite , e de uma forma absurda que não busco compreender olhando pro mar , para essas algas que tem por finalidade abstrata emitirem luz , sinto o passado o presente e o futuro aqui olhando pro mar...vivendo no mar , neste tão profundo mar...</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Eu saio da crisálida do saco de dormir e sou envolto pelo vento cortante , o sal do mar acumula-se no meu cabelo, torna-o pegajoso , com gosto de mar...agarro-me à amurada e chego ao posto de vigília, tudo joga,tudo balança demais , equilibro-me e me jogo ao outro lado da amurada numa tentativa débil e solitária para tentar controlar a posição do barco que orsando contra o vento já aderna à mais de 50 graus ,tanto que vejo-me de pé na amurada(parede) e segurando nos estais ,ao olhar para baixo no lugar onde deveria estar o piso , está o mar ; com força tirada sabe-se lá da onde riso um pouco da vela mestra, o que me faz perder velocidade porém reestabiliza o navio...encolho-me no convés e fico a observar o mar infinito...quando de repente vejo que algo brilha na água , e as ondas que a proa faz no encontro das águas emitem raios fosforescentes na imensidão da noite azul , são verdes como as canetas grifa texto que você usava nos teus livros...,são as Nocti Luccas, como pode ?Como é possível?Como pode a natureza , seja ela Deus , seja ela o Caos , seja ela qualquer coisa, criar um espetáculo tão bonito?O que são esses raios de Luz que tingem o mar?São essas algas , que comprimidas pelo casco lançam essa luz na escuridão?São as nocti luccas , são as mesmas que meu avô no mar , na praia,numa praia hà tantos anos, fazia saltar sobre meus olhos vidrados de criança desenhando com um graveto fluorescências e sonhos na água do mar?Será esta a concepção , o segredo do mar que une tudo?Que nos dá o peixe , o oxigênio , os sonhos dos sonhadores , a energia do grito de terra à vista?O passado , o presente , as nocti lucas as boas lembranças e esta vontade de contar pra você esta história e você mesmo sabendo que você não quer mais me ouvir?Você que tem medo de amar esse pobre lobo do mar?Eu olho para as ondas , eu olho para as nocti lucas nesta noite , e de uma forma absurda que não busco compreender olhando pro mar , para essas algas que tem por finalidade abstrata emitirem luz , sinto o passado o presente e o futuro aqui olhando pro mar...vivendo no mar , neste tão profundo mar...</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Ouço de repente, sendo tirado deste estado de contemplação , a jenoa(vela de proa), batendo contra o casco , vou engatinhando para a proa , com a lanterna na boca , agarrando-me na amurada em um mundo que, açoitado pelo vento, volta a adernar , vou agarrando-me em cordames , nos estais e chego à proa, com dificuldade luto para recolher a vela para dentro e corro para girar a manive-la que irá caça-la ...com dificuldade seguro nos cabos e fico de pé no bico de proa, sozinho , de frente para o mar..enquanto o navio cavalga as ondas , como se fossemos numa montanha russa , surfando nas ondas , sou tomado por uma sensação maravilhosa , a mesma de quem doma um corcel arisco , a mesma de quem fica de pé na proa do navio sozinho numa noite de tempestade , e de repente , o frio o sal , as ondas que me chicoteiam o rosto , tornam-me mar...algo me une à outros navegantes , algo me une com o infinito e aqui , sozinho sob este céu de estrelas e satélites , perdido e insignificante no meio do oceanos experimento uma sensação de completude , parecida com aquela das pessoas que rezam , a completude daqueles que aprenderam à olhar para o mar, viver o mar.</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Ouço de repente, sendo tirado deste estado de contemplação , a jenoa(vela de proa), batendo contra o casco , vou engatinhando para a proa , com a lanterna na boca , agarrando-me na amurada em um mundo que, açoitado pelo vento, volta a adernar , vou agarrando-me em cordames , nos estais e chego à proa, com dificuldade luto para recolher a vela para dentro e corro para girar a manive-la que irá caça-la ...com dificuldade seguro nos cabos e fico de pé no bico de proa, sozinho , de frente para o mar..enquanto o navio cavalga as ondas , como se fossemos numa montanha russa , surfando nas ondas , sou tomado por uma sensação maravilhosa , a mesma de quem doma um corcel arisco , a mesma de quem fica de pé na proa do navio sozinho numa noite de tempestade , e de repente , o frio o sal , as ondas que me chicoteiam o rosto , tornam-me mar...algo me une à outros navegantes , algo me une com o infinito e aqui , sozinho sob este céu de estrelas e satélites , perdido e insignificante no meio do oceanos experimento uma sensação de completude , parecida com aquela das pessoas que rezam , a completude daqueles que aprenderam à olhar para o mar, viver o mar.</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Retorno à popa e calculo novamente nosso curso , marco o caminho orientado pela estrela guia, estará você também olhando para ela?Você lembra naquela noite , em que juntos olhávamos as estrelas que eu te disse que nas noites estreladas , se você olhasse aquele ponto brilhante ao lado de Vega , mesmo distantes nos estaríamos de alguma forma unidos , olhando para o mesmo ponto , como se olhássemos abraçados , um mesmo ponto no nosso quarto?Perco-me em lembranças , como entender seus sonhos?Como realizar os teus desejos , como ser parte deles...observei horas enquanto você dormia , feliz simplesmente pela tua proximidade , como um pescador que olha para o mar , como um astrônomo obcecado por estrelas eu te olhava tanto , tanto....isso que nos temos , que talvez se chame amor , digo talvez porque talvez eu tenha aprendido com você que amor é um instante de felicidade que eu pego emprestado quando beijo e descanso no vale dos teus seios , é um espaço infinito entre cada olhar perdido , é o encontrar das lagrimas de tristezas passadas como o encontro dos rios em Manaus , nós somos como aqueles dois rios, caminhamos muitos anos separados até nos fundirmos numa historia ,só , mas nos vamos nos perder no mar?Nós dissolveremos o doce das nossas águas na imensidão salgada do mar?</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Retorno à popa e calculo novamente nosso curso , marco o caminho orientado pela estrela guia, estará você também olhando para ela?Você lembra naquela noite , em que juntos olhávamos as estrelas que eu te disse que nas noites estreladas , se você olhasse aquele ponto brilhante ao lado de Vega , mesmo distantes nos estaríamos de alguma forma unidos , olhando para o mesmo ponto , como se olhássemos abraçados , um mesmo ponto no nosso quarto?Perco-me em lembranças , como entender seus sonhos?Como realizar os teus desejos , como ser parte deles...observei horas enquanto você dormia , feliz simplesmente pela tua proximidade , como um pescador que olha para o mar , como um astrônomo obcecado por estrelas eu te olhava tanto , tanto....isso que nos temos , que talvez se chame amor , digo talvez porque talvez eu tenha aprendido com você que amor é um instante de felicidade que eu pego emprestado quando beijo e descanso no vale dos teus seios , é um espaço infinito entre cada olhar perdido , é o encontrar das lagrimas de tristezas passadas como o encontro dos rios em Manaus , nós somos como aqueles dois rios, caminhamos muitos anos separados até nos fundirmos numa historia ,só , mas nos vamos nos perder no mar?Nós dissolveremos o doce das nossas águas na imensidão salgada do mar?</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Saio triste desta elucubração e olho novamente para a imensidão estrelada...Ora direis ouvir estrelas?Mas , de repente, percebo que Vega desapareceu, e tudo torna-se estranhamente calmo...o barco de repente perde velocidade e endireita...o vento para de soprar...o veleiro reduz a velocidade até quase parar...as velas começam a bater à toa e o barco joga preguiçosamente de um lado para outro fazendo um plac monótono vindo do casco...apenas alguns dias antes ,na festa de inicio da regata , o Ulisses me explicava que se no mar , o vento parar e as estrelas sumirem , vc pode esperar confusão...</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Saio triste desta elucubração e olho novamente para a imensidão estrelada...Ora direis ouvir estrelas?Mas , de repente, percebo que Vega desapareceu, e tudo torna-se estranhamente calmo...o barco de repente perde velocidade e endireita...o vento para de soprar...o veleiro reduz a velocidade até quase parar...as velas começam a bater à toa e o barco joga preguiçosamente de um lado para outro fazendo um plac monótono vindo do casco...apenas alguns dias antes ,na festa de inicio da regata , o Ulisses me explicava que se no mar , o vento parar e as estrelas sumirem , vc pode esperar confusão...</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Ouço pelo rádio embarcações com problemas , avisando a Mrinha sobre perda de lemes , alagamentos , estamo numa zona de Pirajás , Pirajás são formações de nuvens CB que se formam sobre o mar pressionando a atmosfera e fazendo com que o vento turbilhone por baixo delas...antes deles há apenas silencio....de repente vejo pela proa uma parede branca se levantar contra o barco , simplesmente me seguro para agüentar o impacto , não há o que fazer, com um barulho ensurdecedor a onda arrebenta na proa explodindo numa nuvem branca que cai chovendo sobre o convés , ilumino as velas para ver se está tudo OK, entro pela vigia e com extrema dificuldade equilibrando-me num ambiente adernado à 60 graus cujo chão ora escapa dos meus pés , ora me atira contra o teto , grito pára o Comandante , Pirajá á proa!</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Ouço pelo rádio embarcações com problemas , avisando a Mrinha sobre perda de lemes , alagamentos , estamo numa zona de Pirajás , Pirajás são formações de nuvens CB que se formam sobre o mar pressionando a atmosfera e fazendo com que o vento turbilhone por baixo delas...antes deles há apenas silencio....de repente vejo pela proa uma parede branca se levantar contra o barco , simplesmente me seguro para agüentar o impacto , não há o que fazer, com um barulho ensurdecedor a onda arrebenta na proa explodindo numa nuvem branca que cai chovendo sobre o convés , ilumino as velas para ver se está tudo OK, entro pela vigia e com extrema dificuldade equilibrando-me num ambiente adernado à 60 graus cujo chão ora escapa dos meus pés , ora me atira contra o teto , grito pára o Comandante , Pirajá á proa!</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> O Vento não para de inflar sua fúria e à este momento já chega à 40 nós , o casco agüenta a martelada de ondas gigantes como se fossemos um planador desgovernado entre mares de montanhas , é como se o chão à sua volta se tornasse imensos morros de uma tela impressionista , mas no caso , a tela te captura , cai sobre você , neste ponto a tripulação começa à tomar o convés com roupas de tempo , a pressão sobre as velas é tão grande que são necessários dois homens para puxar o cabo que segura a mestra , tudo orquestrado pelo barulho espetacular da explosão das ondas na proa , chove água do mar e chuva da tempestade , é isso , uma tempestade ,não se trata do homem contra a natureza pois isto é impossível , mas se trata de uma tripulação negociando com ela , aproando o navio contra a tempestade , simplesmente porque é assim que se faz , porque é assim que deve ser viver!São mágicos os instantes em que o vento e as vagas retiram a proa da água e vc simplesmente se segura para agüentar o impacto do retorno...eu puxo o cabo da vela com toda a força que tenho e que não tenho , a tripulação e o navio , e o mar com o qual ele interage são um corpo só ,uma tempestade em alto mar é uma catarse , um nascimento , uma vontade, é a vida!</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> O Vento não para de inflar sua fúria e à este momento já chega à 40 nós , o casco agüenta a martelada de ondas gigantes como se fossemos um planador desgovernado entre mares de montanhas , é como se o chão à sua volta se tornasse imensos morros de uma tela impressionista , mas no caso , a tela te captura , cai sobre você , neste ponto a tripulação começa à tomar o convés com roupas de tempo , a pressão sobre as velas é tão grande que são necessários dois homens para puxar o cabo que segura a mestra , tudo orquestrado pelo barulho espetacular da explosão das ondas na proa , chove água do mar e chuva da tempestade , é isso , uma tempestade ,não se trata do homem contra a natureza pois isto é impossível , mas se trata de uma tripulação negociando com ela , aproando o navio contra a tempestade , simplesmente porque é assim que se faz , porque é assim que deve ser viver!São mágicos os instantes em que o vento e as vagas retiram a proa da água e vc simplesmente se segura para agüentar o impacto do retorno...eu puxo o cabo da vela com toda a força que tenho e que não tenho , a tripulação e o navio , e o mar com o qual ele interage são um corpo só ,uma tempestade em alto mar é uma catarse , um nascimento , uma vontade, é a vida!</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> De repente , assim como veio , a tempestade passa...o navio endireita novamente , aumentamos a área das velas...todos voltam ensopados de sal ao interior do barco e eu fico sozinho outra vez , cansado , ensopado..mas vivo...agarrado à amurada....o céu torna-se novamente estrelado e os ruídos diminuem...De repente com os ouvidos no casco ouço um som , parece um choro , um uivo solitário, um canto sozinho na imensidão azul...não é possível...será o canto de uma baleia?Ouço o esguicho muito perto da amurada , jogo o feixe de luz e vejo um grande vulto negro perto do navio , muitas vezes maior do que o navio , tão perto!Tão viva , tão linda e esguicha novamente!Uma jubarte...que se saltasse acabaria com esta casquinha de alumínio de 42 pés...não me conformo , simplesmente olho e aprecio a companhia?Estará ela sozinha , sente ela saudade de alguma coisa?Vive no caminho sem esperar a chegada?lembro da poesia” Uma baleia no meio do mar...lembra como eu gostava de baleias?Oi minha amiga!</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> De repente , assim como veio , a tempestade passa...o navio endireita novamente , aumentamos a área das velas...todos voltam ensopados de sal ao interior do barco e eu fico sozinho outra vez , cansado , ensopado..mas vivo...agarrado à amurada....o céu torna-se novamente estrelado e os ruídos diminuem...De repente com os ouvidos no casco ouço um som , parece um choro , um uivo solitário, um canto sozinho na imensidão azul...não é possível...será o canto de uma baleia?Ouço o esguicho muito perto da amurada , jogo o feixe de luz e vejo um grande vulto negro perto do navio , muitas vezes maior do que o navio , tão perto!Tão viva , tão linda e esguicha novamente!Uma jubarte...que se saltasse acabaria com esta casquinha de alumínio de 42 pés...não me conformo , simplesmente olho e aprecio a companhia?Estará ela sozinha , sente ela saudade de alguma coisa?Vive no caminho sem esperar a chegada?lembro da poesia” Uma baleia no meio do mar...lembra como eu gostava de baleias?Oi minha amiga!</div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l58">Linha 58:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 65:</td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> E escutar te escutar , um eu te amo.”</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> E escutar te escutar , um eu te amo.”</div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td class="diff-marker" data-marker="−"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> <del style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Callia</del>[[<del style="font-weight: bold; text-decoration: none;">callia</del>]]</div></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> [[<ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Usuário:Callia|Callia</ins>]]</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></poem></ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>{{Comentário}}</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>{{Comentário}}</div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>[[Categoria:Callia]]</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>[[Categoria:Callia]]</div></td></tr>
</table>Solstaghttps://poetica.cienciaaberta.net/sp-mw/index.php?title=Nocti_Lucca&diff=2718&oldid=prevNevinho em 20h17min de 4 de dezembro de 20092009-12-04T20:17:36Z<p></p>
<table style="background-color: #fff; color: #202122;" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 17h17min de 4 de dezembro de 2009</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l1">Linha 1:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 1:</td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">{{Comentário}}</ins></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><poem></div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><poem></div></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l58">Linha 58:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 59:</td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><br/></td></tr>
<tr><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Callia[[callia]]</div></td><td class="diff-marker"></td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> Callia[[callia]]</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">{{Comentário}}</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-side-deleted"></td><td class="diff-marker" data-marker="+"></td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">[[Categoria:Callia]]</ins></div></td></tr>
</table>Nevinhohttps://poetica.cienciaaberta.net/sp-mw/index.php?title=Nocti_Lucca&diff=2712&oldid=prevCallia: Criou página com '<poem> Nocti Lucca, uma vigia noturna. “A noite , ao luar No rio , u...'2009-12-04T09:40:01Z<p>Criou página com '<poem> Nocti Lucca, uma vigia noturna. “A noite , ao luar No rio , u...'</p>
<p><b>Página nova</b></p><div><poem><br />
<br />
<br />
Nocti Lucca, uma vigia noturna.<br />
<br />
<br />
“A noite , ao luar<br />
No rio , uma vela<br />
Serena a passar<br />
Que é que me revela?<br />
<br />
Não sei mas meu ser<br />
Tornou-se distante<br />
E busco sem ser<br />
Os sonhos que tenho<br />
<br />
Que angústia me enlaça?<br />
Que amor não se explica?<br />
È a vela que passa<br />
Na noite que fica ==<br />
<br />
Fernando Pessoa<br />
<br />
<br />
Estou com frio , mexo-me o mínimo possível pois a sensação é que se eu simplesmente dobrar um dedo , o frio aumentará , é sono , uma semi vigília , não sei , o vento gira pela noite e canta , joga os borrifos de mar sobre o convés , a água salgada invade meu saco de dormir ocupando meu rosto descendo pelo macacão , aumenta o frio...as vezes a gente busca situações como esta , não foi propriamente um sonho quando me vi largado na cama ao teu lado , embaixo do edredorm , a musica da tua voz, esta concepção de alegria que encontro ao invadir com meu nariz os limites de tua blusa...onde você está?Você se preocupa comigo?Você sabe quanto frio eu sinto? o quanto esta distancia , e o mar que se levanta numa muralha e desaba sobre mim nesta noite de vigília castiga?<br />
Eu saio da crisálida do saco de dormir e sou envolto pelo vento cortante , o sal do mar acumula-se no meu cabelo, torna-o pegajoso , com gosto de mar...agarro-me à amurada e chego ao posto de vigília, tudo joga,tudo balança demais , equilibro-me e me jogo ao outro lado da amurada numa tentativa débil e solitária para tentar controlar a posição do barco que orsando contra o vento já aderna à mais de 50 graus ,tanto que vejo-me de pé na amurada(parede) e segurando nos estais ,ao olhar para baixo no lugar onde deveria estar o piso , está o mar ; com força tirada sabe-se lá da onde riso um pouco da vela mestra, o que me faz perder velocidade porém reestabiliza o navio...encolho-me no convés e fico a observar o mar infinito...quando de repente vejo que algo brilha na água , e as ondas que a proa faz no encontro das águas emitem raios fosforescentes na imensidão da noite azul , são verdes como as canetas grifa texto que você usava nos teus livros...,são as Nocti Luccas, como pode ?Como é possível?Como pode a natureza , seja ela Deus , seja ela o Caos , seja ela qualquer coisa, criar um espetáculo tão bonito?O que são esses raios de Luz que tingem o mar?São essas algas , que comprimidas pelo casco lançam essa luz na escuridão?São as nocti luccas , são as mesmas que meu avô no mar , na praia,numa praia hà tantos anos, fazia saltar sobre meus olhos vidrados de criança desenhando com um graveto fluorescências e sonhos na água do mar?Será esta a concepção , o segredo do mar que une tudo?Que nos dá o peixe , o oxigênio , os sonhos dos sonhadores , a energia do grito de terra à vista?O passado , o presente , as nocti lucas as boas lembranças e esta vontade de contar pra você esta história e você mesmo sabendo que você não quer mais me ouvir?Você que tem medo de amar esse pobre lobo do mar?Eu olho para as ondas , eu olho para as nocti lucas nesta noite , e de uma forma absurda que não busco compreender olhando pro mar , para essas algas que tem por finalidade abstrata emitirem luz , sinto o passado o presente e o futuro aqui olhando pro mar...vivendo no mar , neste tão profundo mar...<br />
Ouço de repente, sendo tirado deste estado de contemplação , a jenoa(vela de proa), batendo contra o casco , vou engatinhando para a proa , com a lanterna na boca , agarrando-me na amurada em um mundo que, açoitado pelo vento, volta a adernar , vou agarrando-me em cordames , nos estais e chego à proa, com dificuldade luto para recolher a vela para dentro e corro para girar a manive-la que irá caça-la ...com dificuldade seguro nos cabos e fico de pé no bico de proa, sozinho , de frente para o mar..enquanto o navio cavalga as ondas , como se fossemos numa montanha russa , surfando nas ondas , sou tomado por uma sensação maravilhosa , a mesma de quem doma um corcel arisco , a mesma de quem fica de pé na proa do navio sozinho numa noite de tempestade , e de repente , o frio o sal , as ondas que me chicoteiam o rosto , tornam-me mar...algo me une à outros navegantes , algo me une com o infinito e aqui , sozinho sob este céu de estrelas e satélites , perdido e insignificante no meio do oceanos experimento uma sensação de completude , parecida com aquela das pessoas que rezam , a completude daqueles que aprenderam à olhar para o mar, viver o mar.<br />
Retorno à popa e calculo novamente nosso curso , marco o caminho orientado pela estrela guia, estará você também olhando para ela?Você lembra naquela noite , em que juntos olhávamos as estrelas que eu te disse que nas noites estreladas , se você olhasse aquele ponto brilhante ao lado de Vega , mesmo distantes nos estaríamos de alguma forma unidos , olhando para o mesmo ponto , como se olhássemos abraçados , um mesmo ponto no nosso quarto?Perco-me em lembranças , como entender seus sonhos?Como realizar os teus desejos , como ser parte deles...observei horas enquanto você dormia , feliz simplesmente pela tua proximidade , como um pescador que olha para o mar , como um astrônomo obcecado por estrelas eu te olhava tanto , tanto....isso que nos temos , que talvez se chame amor , digo talvez porque talvez eu tenha aprendido com você que amor é um instante de felicidade que eu pego emprestado quando beijo e descanso no vale dos teus seios , é um espaço infinito entre cada olhar perdido , é o encontrar das lagrimas de tristezas passadas como o encontro dos rios em Manaus , nós somos como aqueles dois rios, caminhamos muitos anos separados até nos fundirmos numa historia ,só , mas nos vamos nos perder no mar?Nós dissolveremos o doce das nossas águas na imensidão salgada do mar?<br />
Saio triste desta elucubração e olho novamente para a imensidão estrelada...Ora direis ouvir estrelas?Mas , de repente, percebo que Vega desapareceu, e tudo torna-se estranhamente calmo...o barco de repente perde velocidade e endireita...o vento para de soprar...o veleiro reduz a velocidade até quase parar...as velas começam a bater à toa e o barco joga preguiçosamente de um lado para outro fazendo um plac monótono vindo do casco...apenas alguns dias antes ,na festa de inicio da regata , o Ulisses me explicava que se no mar , o vento parar e as estrelas sumirem , vc pode esperar confusão...<br />
Ouço pelo rádio embarcações com problemas , avisando a Mrinha sobre perda de lemes , alagamentos , estamo numa zona de Pirajás , Pirajás são formações de nuvens CB que se formam sobre o mar pressionando a atmosfera e fazendo com que o vento turbilhone por baixo delas...antes deles há apenas silencio....de repente vejo pela proa uma parede branca se levantar contra o barco , simplesmente me seguro para agüentar o impacto , não há o que fazer, com um barulho ensurdecedor a onda arrebenta na proa explodindo numa nuvem branca que cai chovendo sobre o convés , ilumino as velas para ver se está tudo OK, entro pela vigia e com extrema dificuldade equilibrando-me num ambiente adernado à 60 graus cujo chão ora escapa dos meus pés , ora me atira contra o teto , grito pára o Comandante , Pirajá á proa!<br />
O Vento não para de inflar sua fúria e à este momento já chega à 40 nós , o casco agüenta a martelada de ondas gigantes como se fossemos um planador desgovernado entre mares de montanhas , é como se o chão à sua volta se tornasse imensos morros de uma tela impressionista , mas no caso , a tela te captura , cai sobre você , neste ponto a tripulação começa à tomar o convés com roupas de tempo , a pressão sobre as velas é tão grande que são necessários dois homens para puxar o cabo que segura a mestra , tudo orquestrado pelo barulho espetacular da explosão das ondas na proa , chove água do mar e chuva da tempestade , é isso , uma tempestade ,não se trata do homem contra a natureza pois isto é impossível , mas se trata de uma tripulação negociando com ela , aproando o navio contra a tempestade , simplesmente porque é assim que se faz , porque é assim que deve ser viver!São mágicos os instantes em que o vento e as vagas retiram a proa da água e vc simplesmente se segura para agüentar o impacto do retorno...eu puxo o cabo da vela com toda a força que tenho e que não tenho , a tripulação e o navio , e o mar com o qual ele interage são um corpo só ,uma tempestade em alto mar é uma catarse , um nascimento , uma vontade, é a vida!<br />
De repente , assim como veio , a tempestade passa...o navio endireita novamente , aumentamos a área das velas...todos voltam ensopados de sal ao interior do barco e eu fico sozinho outra vez , cansado , ensopado..mas vivo...agarrado à amurada....o céu torna-se novamente estrelado e os ruídos diminuem...De repente com os ouvidos no casco ouço um som , parece um choro , um uivo solitário, um canto sozinho na imensidão azul...não é possível...será o canto de uma baleia?Ouço o esguicho muito perto da amurada , jogo o feixe de luz e vejo um grande vulto negro perto do navio , muitas vezes maior do que o navio , tão perto!Tão viva , tão linda e esguicha novamente!Uma jubarte...que se saltasse acabaria com esta casquinha de alumínio de 42 pés...não me conformo , simplesmente olho e aprecio a companhia?Estará ela sozinha , sente ela saudade de alguma coisa?Vive no caminho sem esperar a chegada?lembro da poesia” Uma baleia no meio do mar...lembra como eu gostava de baleias?Oi minha amiga!<br />
<br />
“Quem me dera visse agora<br />
As estrelas que estou vendo<br />
Como no dia que foi embora<br />
Escutasse o que estou dizendo<br />
<br />
Que separados nos perderemos<br />
Como as ondas no oceano<br />
E nesta angustia em que vivemos <br />
Cada dia como um ano<br />
<br />
Como ponto eqüidistantes<br />
A vagar por esta vida<br />
Pobres , sós , tristes , errantes<br />
Sem uma meta definida<br />
<br />
Ah!Quem me dera que sentisses<br />
A solidão que eu sinto agora<br />
Mas se vo^ce não existisse<br />
Me perderia mundo afora<br />
<br />
Como náufragos errantes<br />
A vagar pelo oceano<br />
A nos buscar pra nos dizer <br />
E escutar te escutar , um eu te amo.”<br />
<br />
Callia[[callia]]</div>Callia