O Fim do Mundo: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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                                         Digo-vos , envergonhado,  
                                         Digo-vos , envergonhado,  
                                         Escondido, moldei um deus com minhas mãos
                                         Escondido, moldei um deus com minhas mãos
                                         Sim,insuflei-lhe vida,e ele veio a viver
                                         Sim,insuflei-lhe vida, e ele veio a viver


                                                       E eu, seu criador, me submeti a ele!
                                                       E eu, seu criador, me submeti a ele!
Linha 71: Linha 71:
                                                                           Para a infelicidade.
                                                                           Para a infelicidade.
Mataram aquele que haviam eleito como o único deus
Mataram aquele que haviam eleito como o único deus
                                                                         [e fugiram (não se sabe onde)]
                                                                         [e fugiram (para onde não se sabe)]
Disseram:Escondamo-nos e sejamos esquecidos
Disseram:Escondamo-nos e sejamos esquecidos
Talvez não se lembrem de nós, ou que tenhamos  existido
Talvez não se lembrem de nós, ou que tenhamos  existido

Edição das 09h51min de 25 de maio de 2009




“L´avenir, fantôme aux mains vides,/
Qui promet tout et qui n´a rien”
O Futuro, fantasma de mãos vazias/
Que promete e nada tem
- Victor Hugo,As Vozes Interiores “Sunt Lacrymae Rerum”

I

Na escuridão, em minha solidão
Tive em meu íntimo desejos profanos
E oculto em meu mais alto retiro
Decidi definitivamente o que fazer
Destruirei a este mundo e tudo o que sobre ele há
E nada poderá me demover deste propósito.
As leis decididas pelo meu coração são irredutíveis
É inevitável, nada ou ninguém poderá me fazer voltar atrás.

II

O Homem, o que é o Homem ?

O Homem não é um fim em si mesmo, é um caminho
E não perdurará mesmo se gritar para si : “Sou imortal !”
Sua origem é o coração das estrelas, seu fim é o turbilhão do esquecimento
E dos seus Amores e Valores, tão caros,
Não se ouvirão nunca mais falar
Quando Eu os passar de sob estes céus.

E até dos deuses, que criaram à sua imagem e semelhança
Não se ouvirá mais mencionar os nomes
Pois debaixo dos céus só se ouvirá o silêncio dos mortos
E às crianças da Eternidade a quem se negou o auxilio de viver
Descansarão em paz no meu jardim.

III

O Bem e o Mal converterar-se-ão
Em menos do que quimeras
Pois enfim quando eu ao homem fizer passar
A harmonia reinará

                                       [será ?]

IV

Ai de mim, que sou Homem

                                                       [Deus ? ] !
                                         Digo-vos , envergonhado,
                                         Escondido, moldei um deus com minhas mãos
                                         Sim,insuflei-lhe vida, e ele veio a viver

                                                      E eu, seu criador, me submeti a ele!
                                                      Ele, que tirei nos moldes do meu preconceito
                                                      E da olaria da minha moral !

V

Vou pronunciar um outro cântico
Que ouvi entre os filhos das Terras Estranhas :

                                          Os deuses fugiram!
        Sim,com medo do que acontecerá aos filhos dos homens !

                 Decidiram partir,e não serem mais atormentados
                                                        Pois são demasiados humanos
                                                                          Para a infelicidade.
Mataram aquele que haviam eleito como o único deus
                                                                         [e fugiram (para onde não se sabe)]
Disseram:Escondamo-nos e sejamos esquecidos
Talvez não se lembrem de nós, ou que tenhamos existido
E um dia, quiçá, despertemos para um mundo
                    Que seja

                                      menos

                                                   Corrupto.

VI

As máscaras caíram, ai, tão de repente
O que era belo e dócil tornou-se frio e distante
E o que era inocente transformou-se no agente da destruição
De todo o meu ser.
Não há inocentes debaixo dos meus céus
Vejo, ai : Não há salvação para os homens!

VII

Os loucos, poetas e filósofos virão a aclamar este dia
- Chegou nossa libertação!
Os religiosos serão imergidos e afogados
Nas lágrimas de sua própria decepção
E nenhum humano poderá se esconder e achar abrigo
Da minha ira.
Destruirei a todos os homens
Ímpios e bondosos
E a todas as leis e morais encerrarei de vez
E somente os artistas e os inconsequentes
Acharão abrigo fora deste inferno.

Destruirei, destruirei e mais uma vez destruirei
Não terei compaixão dos seres deste universo corrompido
E destruirei mais uma vez
Pois antes de os destruir
Me destruiram e jogaram fora do seu mundo.

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