O que se aprende na infância

De Sexta Poética
Revisão de 22h06min de 2 de março de 2010 por Nevinho (discussão | contribs)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar

<poem> O que se aprende na infância

Depois de um prolongado estio cai a primeira chuva no dia seguinte há tantos buracos por todo jardim e casca oca, dezenas pelas árvores do quintal

Então sete dias se passam até que elas cresçam e a notícia se espalhe

Quando numa certa manhã radiosa o contracanto das cigarras, centenas anuncia com apitos e com alarde que chegou a primavera

Com ela começa o tempo das águas, o verde que se estenderá pelo pardo das folhas, o pequizeiro florido e frutos no chão manga e mangaba, jatobá maduro, gabiroba, cagaita suculenta e doce pitanga preta e cajú nos campos pra alegria e papo cheio dos pássaros da gente e toda fauna

Depois vem o verão das trovoadas e das chuvas generosas que chegam e se prolongam até fevereiro março do ano que vem.

fev 2009

Disponível em “https://poetica.cienciaaberta.net/sp-mw/index.php?title=O_que_se_aprende_na_infância&oldid=3151”