Onipotente maquinário

De Sexta Poética
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Lembro cada dia do ano
e reconto todos os meus passos:
Tudo aquilo que fiz
traz um pouco do que agora eu faço

Eu sigo essa cena acenando
assovios para ontem... a esperança para amanhã
ganhando ou perdendo vamos lutando
por mais que a luta - já sabemos - seja vã

Faltando o sentido do belo no presente
o romantismo se renova no futuro precário
A batalha que traço, os passos que conto
movem as catracas do onipotente maquinário.