Rotina asséptica

De Sexta Poética
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Chegou com cara de sono,
tomou café com açucar
e ligou o computador.

O velho mendigo da calçada
agonizando implorou pela vida,
o policial que cumpria o dever
disparou na boca e na panturrilha.

Um avião explodiu no edifício,
outro arrasou o deserto,
o jovem soldado indefeso
metralhou um turbante de perto.

O negro corria e sorria
com o brilho de um diamante,
caiu distante do braço
que segurava a pedra brilhante.

Ao encerrar expediente,
com o computador desligado,
tudo já estava limpo.