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De Sexta Poética
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Ah, aquela comissária russa! O tempo parou...
Ah, aquela comissária russa! O tempo parou...
Houve como que uma reviravolta na aeronave <sup>_</sup> ela se chamava Karina Leão
Houve como que uma reviravolta na aeronave <sup>_</sup> ela se chamava Karina Leão
e compartilhava com a colega de trabalho
e compartilhava com a colega de trabalho
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com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático,
com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático,
perspegava sequencias de golpes com a cabeça,
perspegava sequencias de golpes com a cabeça,
fazia com o braço esquerdo o braço de um suposto violão
imitava com o braço esquerdo o braço de um suposto violão
e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador,
e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador,
desempenhando um didelhado criativo e eficiente...
desempenhando um didelhado criativo e eficiente...

Edição atual tal como às 21h37min de 17 de outubro de 2009

<POEM> Atenção tripulação,decolagem autorizada...

Ah, aquela comissária russa! O tempo parou... Houve como que uma reviravolta na aeronave _ ela se chamava Karina Leão e compartilhava com a colega de trabalho mazelas de cabine, naquele silencioso idioma dos que enfrentam o mesmo chefe.

O passageiro da fila seguinte, do outro lado do corredor com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático, perspegava sequencias de golpes com a cabeça, imitava com o braço esquerdo o braço de um suposto violão e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador, desempenhando um didelhado criativo e eficiente...

Atenção senhores e senhoras, bem vindos a bordo do vôo...

E o passageiro continuava, olhos fechados, criando coreografias com movimentos de cabeça, o queixo uma espada imaginária senhos franzidos beiços mordidos biquinhos com lábios, estalar de língua nos dentes...

quem vos fala é o comandante para algumas informações sobre o nosso vôo...

De repente, ele se virou para o lado com uma expressão de quem tira satisfação com alguém. E como quem superficializou de regiões abissais da alma, olhou pela janela e percebeu que estava a 9000 pés de altitude, dentro de um avião rumo à capital do País.

Retirou seus auriculares e não entendeu porque o passageiro sentado ao lado dormia com a revista de bordo no colo, aberta de cabeça pra baixo. O avião fez novo looping, o jovem guardou seu Ipod e voltou do mundo paralelo criado por seus fones de ouvido...

Atenção tripulação, pouso autorizado