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(Atualizando Poema da semana com "SAO/BSB")
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:[[Gênesis]]
:[[SAO/BSB]]


::::[[:Categoria:Ozymandias|''Ozymandias'']]
::::[[:Categoria:Nevinho|''Nevinho'']]


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Não tenho medo de morrer
Atenção tripulação, decolagem autorizada...
Porque não tive medo de nascer


Quando a chama desta coincidência
Ah, aquela comissária russa! O tempo parou...
Chamada vida se apagar
Houve como que uma reviravolta na aeronave <sup>_</sup> ela se chamava Karina Leão
E os olhos pesados quiserem descansar
e compartilhava com a colega de trabalho
Certamente não culparei a nenhum deus
mazelas de cabine, naquele silencioso idioma
Por não ter sabido aproveitar
dos que enfrentam o mesmo chefe.
A maravilha da vida.
O passageiro da fila seguinte, do outro lado do corredor
com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático,
perspegava sequencias de golpes com a cabeça,
fazia com o braço esquerdo o braço de um suposto violão
e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador,
desempenhando um didelhado criativo e eficiente...


Lembrarei com saudades
Atenção senhores e senhoras, bem vindos a bordo do vôo...
Do pouco tempo que passei
Dos pequenos milagres que vivi


Mas não me desesperarei por deixar de ser
E o passageiro continuava, olhos fechados, criando coreografias
Por deixar de viver
com movimentos de cabeça, o queixo uma espada imaginária
senhos franzidos
beiços mordidos
biquinhos com lábios, estalar de língua nos dentes...


Afinal,por bilhões, senão trilhões
Quem vos fala é o comandante para algumas informações sobre o nosso vôo...
De anos no tempo infinito
Estive morto
E só estou voltando para o que era
Antes que por um feliz acaso
E combinações de leis naturais
Um conjunto de fluxos de energias criativas
Viesse a compor o meu ser


(E não outro, o que seria chato para mim)
De repente, ele se virou para o lado
com uma expressão de quem tira satisfação com alguém.
E como quem superficializou de regiões abissais da alma,
olhou pela janela e percebeu que estava a 9000 pés de altitude,
dentro de um avião rumo à capital do País.
Retirou seus auriculares
e não entendeu porque o passageiro sentado ao lado
dormia com a revista de bordo no colo, aberta de cabeça pra baixo.
O avião fez novo looping, o jovem guardou seu Ipod
e voltou do mundo paralelo criado por seus fones de ouvido...


Que nada é além do que uma limitação
Atenção tripulação, pouso autorizado
Um vaso que restringe muito mal
As causações e composições
Que não posso chamar de "Eu"
 
Como um rio, mergulham sem parar
No fluxo do infinito e inexistente
...
Tempo
...
Fazendo parte de um vegetal aqui
De grandes águas ali, um minério acolá
Grandes animais aquáticos
Animais alados nos céus
Seguindo de eón em eón
Desde antes dos planetesimais
Das grandes explosões
Seguindo por eventos sinistros
E desconhecidos
Antes de qualquer ideal e deus
Em guerras, revoluções, amores
Dores, alegrias, sofrimentos
Homens, mulheres
Animais...
 
Dos céus ao mais profundo abismo
Do coração de estrelas já mortas
Até as águas profundas do Tartáro
Cada componente do meu ser
Recebe e retorna do fluxo
Dos elementos universais
...
Diariamente
...
Como um pequeno lago
Alimentado pelas forças
Do grande e corrente mar
Sendo nomeado como lago
Mas nunca sendo o mesmo lago
Dia a dia (e isto que lhe dá vida!)
Eu um lago forjado ao acaso, simples
Sem deuses, sem grandes explicações
Apenas sujeito as leis coincidentes
Seletivas, universais, banais.
 
Mas se um dia o lago secar
Entenderei que outros lagos
Deverão vir a existir
Serem alimentados
Outros acasos de sorte
No espaço-tempo contínuo
Como eu, que sou um acaso muito particular
Que não hesitará de viver
Enquanto puder viver.
 
Mas para cada caso um ocaso
E quando as cortinas descerem
E o véu entre a morte e a vida
Se rasgar
Saberei deixar para trás um rastro
Importante, insignificante
A ser apagado no rumo da Eternidade.


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Edição das 06h23min de 16 de outubro de 2009

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é sexta-feira, 3 de maio.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

SAO/BSB
Nevinho

Atenção tripulação, decolagem autorizada...

Ah, aquela comissária russa! O tempo parou...
Houve como que uma reviravolta na aeronave _ ela se chamava Karina Leão
e compartilhava com a colega de trabalho
mazelas de cabine, naquele silencioso idioma
dos que enfrentam o mesmo chefe.
O passageiro da fila seguinte, do outro lado do corredor
com uma pedra de rubi no anelar direito que simbolizava um noivado enigmático,
perspegava sequencias de golpes com a cabeça,
fazia com o braço esquerdo o braço de um suposto violão
e evoluia para os trastes mais agudos simulando um sintetizador,
desempenhando um didelhado criativo e eficiente...

Atenção senhores e senhoras, bem vindos a bordo do vôo...

E o passageiro continuava, olhos fechados, criando coreografias
com movimentos de cabeça, o queixo uma espada imaginária
senhos franzidos
beiços mordidos
biquinhos com lábios, estalar de língua nos dentes...

Quem vos fala é o comandante para algumas informações sobre o nosso vôo...

De repente, ele se virou para o lado
com uma expressão de quem tira satisfação com alguém.
E como quem superficializou de regiões abissais da alma,
olhou pela janela e percebeu que estava a 9000 pés de altitude,
dentro de um avião rumo à capital do País.
Retirou seus auriculares
e não entendeu porque o passageiro sentado ao lado
dormia com a revista de bordo no colo, aberta de cabeça pra baixo.
O avião fez novo looping, o jovem guardou seu Ipod
e voltou do mundo paralelo criado por seus fones de ouvido...

Atenção tripulação, pouso autorizado

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