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(atualizando poema da semana com Ozymandias/Prelúdio)
(Atualizando o Poema da semana com "Mãos vazias")
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:[[Ozymandias/Prelúdio]]
:[[MÃOS VAZIAS|Mãos vazias]]
 
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::::[[:Categoria:Nevinho|''Nevinho'']]
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Bem vindos, vós todos, nesta noite, à minha humilde porta
[[Arquivo:Mãos vazias.jpg|450 px|right]]
 
Minhas mão vazias
A noite é escura e chuvosa para aqueles que nela desejam se aventurar
não carregam passados,
O ruído dos trovões se mistura às risadas dos sátiros nas sombras
não tecem futuros,
E no meio desta desolação, vieste aqui buscar um abrigo noturno
não trazem presentes.
Nesta que é a mais humilde das tavernas de todas estas regiões
Gesticulam no espaço vazio,
Descansai vossos pés cansados, desamarrai as correias de vossas alparcas
no vazio destes momentos,
E enquanto aguardais que a manhã talvez novamente desperte
minhas mãos vazias.
Buscarei trazer refrigério às vossas carcaças pesadas e às vossas almas sedentas
Não têm suor de cabo de enxada,
Pois do que adianta ao homem salvar a sua alma, mas perder seu corpo?
não tem prazer de dorso macio,
Nós que fomos neste lugar esquecidos e abandonados pelos deuses
minhas mãos vazias.
::::(eles fugiram de medo, mas não conte isto a ninguém)
Minhas mãos vazias
Então porque não bebemos e cantemos, já que amanhã morreremos ?
apenas tomam da caneta
 
e me despem e me delatam.
{{separador}}
Apenas toman da caneta
 
e denunciam o meu vazio.
Acalmai-vos e não temais, aqui não há amarras de qualquer espécie
Deixai as máscaras nos cantos empoeirados, que depois as devolverei a vós
Mostrai-me os verdadeiros rostos cansados debaixo das aparências de piedade
Mostrai-me quem são, abaixo da aparência de deus, de pecador, de santo
De prostituta, bandido, parasita e inocente
Aqui ninguém irá violar vossas almas, ou vos recriminar
Aspirai com vontade a nauseante fumaça adocicada que serpenteia o ambiente
E enquanto vossos olhos vacilam e pesam, desejando que seus corpos sejam
Tomados e embalados carinhosamente pelo homem da areia
Eu vos cantarei sobre as histórias de Ozymandias.
 
{{separador}}


Ouvi-me e vinde,  deixai-vos descansar aos meus pés
A minha voz é poderosa para elevar-se aos mais altos montes
E  minha voz é doce para atingir às águas mais profundas
Elas são ágeis para tocar ao poente, e atingir as tribos do nascente
Minhas palavras são sedutoras, são perspicazes
Pois é a Musa que me inspira a tocar as cordas da sabedoria
Com a destreza de um pitagórico (e as palavras são entoadas com verdade)
Mas não estranharei se alheia a vontade do Demônio que me acompanha
Minhas palavras tomarem a forma de um Gênio maligno
Já que os homens são céleres em corromper o pensamento alheio
Pois seus ouvidos moucos são um abismo infernal,
Forjas hefestianas de demônios de ilusões
Que pretendem ouvir apenas aquilo que seu ventre deseja.
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Edição das 16h51min de 4 de dezembro de 2009

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é sexta-feira, 3 de maio.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

Mãos vazias
Nevinho
Mãos vazias.jpg

Minhas mão vazias
não carregam passados,
não tecem futuros,
não trazem presentes.
Gesticulam no espaço vazio,
no vazio destes momentos,
minhas mãos vazias.
Não têm suor de cabo de enxada,
não tem prazer de dorso macio,
minhas mãos vazias.
Minhas mãos vazias
apenas tomam da caneta
e me despem e me delatam.
Apenas toman da caneta
e denunciam o meu vazio.

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