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:[[Quando os Ipês Florescem]]
:[[Encontro marcado]]


::::[[:Categoria:A Árvore sem Segredos|Zaida]]
::::[[:Categoria:Nevinho|Nevinho]]
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Sou da Terra
Contigo aprendi
Da terra vermelha que contrasta com o verde
a me procurar me procurar me procurar
::Verde molhado
me procurar nas paisagens do meu país
::Verde palha, quase ocre
nas paisagens cenas
::De um fundo azul tão intenso que nos foge
de rua camelôs pastéis engordurados churrasquinho de gato
::Irreal
fome sob os viadutos nas passagens subterrâneas
::É o infinito ... Que daqui está mais perto
da Asa Norte na ponte do Bragueto nas margens do Lago Paranoá
 
no jogo de dominó bilhar canastrão sinuca porrinha
Sou da Terra
me procurar na vida, nesta vivida
Da terra vermelha onde o sol se deita, incendeia o horizonte
atrás do dia, em busca de alguma coisa
::Fundo azul, amarelo, vermelho, laranja e lilás
e contigo aprendi
::Tudo se reveste de âmbar
a ter um encontro marcado comigo
::Meus cabelos douram
chegar em casa me procurar me deparar
::É o sol... lá do horizonte...
com a minha solidão escancarada nos teus olhos,
::Longe...Mas, daqui está mais perto
talvez pendurada no varal de roupas lavadas talvez
 
misturada com sal e feijão
Sou da Terra
talvez escorrendo pelas paredes
Da terra vermelha do inverno
como uma gosma que não se sabe bem o que é.
::De dias quentes e noites frias
Talvez eu tenha desaprendido o que nunca soubera, talvez
::Ar seco. Seca.
Contigo aprendi certos segredos que sem ti jamais se desvelariam,
::Folhas pardas que bailam ao vento
aprendi que o destino tem asas mas depende de mim
::Sol amarelo, vermelho...
fazê-lo voar depende de mim fazê-lo parar depende de nós.
::Céu azul, laranja e lilás...
Aprendi que tudo é talvez
::Verde palha.... ocre....
e nem tudo tem o momento certo de acabar
::Tudo mais é âmbar
o anel que tu me deste era vidro e se quebrou
::Meus cabelos voam
o amor que tu me tinhas atirei o pau no gato
::Um redemoinho que surge
mas o gato não morreu; então, finalmente,
::É o vento... Vento do leste
pela estrada afora eu fui bem sozinho
::De onde o sol nasce
ia comigo alguém maior lembrando a imagem de um deus
::Distante...Mas, daqui está mais perto
 
Sou da Terra
Da terra vermelha, nascida em julho
::De quando outro sol surge
::Imponente e... simples
::Resignado e resplandecente
::Em meio à terra vermelha
::Junto ao verde palha
::Sob o céu azul
::Horizonte lilás...
::São os Ipês!
::Tronco escuro e retorcido,
::Abre-se em copa amarela...
::Amarelo que ofusca ...
::Hipnotiza... Quando os Ipês florescem
 
Por isso...
Sou da Terra
Da terra vermelha
Do verde molhado, do verde palha... de todas as matizes do verde
Do vermelho, laranja e amarelo
Mas, tem também o roxo, o branco, o rosa e tantas outras mais... muito mais
Suscitam-me mil emoções, a cada estação, a cada mês, a cada dia...
Mas, destas,  falarei depois... Depois do tempo...
É a Terra...
É aqui....
Tempo em que os Ipês florescem...
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Edição das 13h24min de 12 de fevereiro de 2010

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é sábado, 4 de maio.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

Encontro marcado
Nevinho

 
Contigo aprendi
a me procurar me procurar me procurar
me procurar nas paisagens do meu país
nas paisagens cenas
de rua camelôs pastéis engordurados churrasquinho de gato
fome sob os viadutos nas passagens subterrâneas
da Asa Norte na ponte do Bragueto nas margens do Lago Paranoá
no jogo de dominó bilhar canastrão sinuca porrinha
me procurar na vida, nesta vivida
atrás do dia, em busca de alguma coisa
e contigo aprendi
a ter um encontro marcado comigo
chegar em casa me procurar me deparar
com a minha solidão escancarada nos teus olhos,
talvez pendurada no varal de roupas lavadas talvez
misturada com sal e feijão
talvez escorrendo pelas paredes
como uma gosma que não se sabe bem o que é.
Talvez eu tenha desaprendido o que nunca soubera, talvez
Contigo aprendi certos segredos que sem ti jamais se desvelariam,
aprendi que o destino tem asas mas depende de mim
fazê-lo voar depende de mim fazê-lo parar depende de nós.
Aprendi que tudo é talvez
e nem tudo tem o momento certo de acabar
o anel que tu me deste era vidro e se quebrou
o amor que tu me tinhas atirei o pau no gato
mas o gato não morreu; então, finalmente,
pela estrada afora eu fui bem sozinho
ia comigo alguém maior lembrando a imagem de um deus

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