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[[Águas profundas]]
[[À margem do rio]]


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[[Arquivo:POEMA1.JPG|330 px|rght|thumb|''Arte: '''Lui / 2003''''']]
Contigo aprendi
Não quero te falar das coisas que passaram
que a margem de lá é como a margem daqui
e que não são mais;
contigo aprendi que o rio é profundo
quero te contar tudo o que eu sinto
tão grande é o mundo
e a dor de não poder completar jamais
impossível sentir vontade de andar numa margem apenas
o que foi salvo como coisa incompleta,
impossível ficar sem querer me afogar
aquilo que não foi bem colocado,
nas águas o amor contigo aprendi a arte
o que ficou contido em silêncio pendente <sup>_</sup>
de deixar a corredeira empurrar seja lá pra onde for...  
e que vai sempre nos fazer lembrar
os bichos humanos que somos,
lutando por algo indefinido que não sabemos bem o que é,
querendo permanecer vivos envolvidos podendo partilhar
os descaminhos do mundo e planeta,
e com isso ferindo o semelhante
por ter apenas uma pálida noção da semelhança,
daquilo que é igual em mim e em você
e em qualquer um.


Quero te falar deste poema sem fim.
Mas o mais interessante nisso é que aprendi a lição   
(não conter o coração) sem que houvesse professor.                                                             
Foste e não eras, querida.                                                                                                       
Estiveste e não estavas.
Exististe?
 
Em todo caso, eu aprendi contigo que a doçura do olhar
está  mais na vontade de ver do que no próprio enxergar
mais na vontade de ser mais que mais um                                                   
Explicando melhor é e não é
ser um rosto qualquer é não esconder no armário este lado menino não trancar na gaveta
o outro lado do rio que é,
como já disse, igual a este daqui                                                                                   
mas é uma questão de opção
simplesmente outra opção.
[[:Categoria:Nevinho|Nevinho ]]
[[:Categoria:Nevinho|Nevinho ]]
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Edição das 09h36min de 2 de dezembro de 2016

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POEMA DA SEMANA


À margem do rio

Contigo aprendi
que a margem de lá é como a margem daqui
contigo aprendi que o rio é profundo
tão grande é o mundo
impossível sentir vontade de andar numa margem apenas
impossível ficar sem querer me afogar
nas águas o amor contigo aprendi a arte
de deixar a corredeira empurrar seja lá pra onde for...

Mas o mais interessante nisso é que aprendi a lição
(não conter o coração) sem que houvesse professor.
Foste e não eras, querida.
Estiveste e não estavas.
Exististe?

Em todo caso, eu aprendi contigo que a doçura do olhar
está mais na vontade de ver do que no próprio enxergar
mais na vontade de ser mais que mais um
Explicando melhor é e não é
ser um rosto qualquer é não esconder no armário este lado menino não trancar na gaveta
o outro lado do rio que é,
como já disse, igual a este daqui
mas é uma questão de opção
simplesmente outra opção.
Nevinho

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