Sobre Sapatos: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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(Poema no forno)
(Sem diferença)

Edição das 22h49min de 27 de agosto de 2010

<poem> Tenho os pés descalços que não se ajustam a sapatos Não mais possuem caminhos

Ás vezes, calço tamancos... Pisam com altivez andam com soberania, parecem ter caminhos decididos Mas, na verdade, gosto porque saem do pé com a mesma facilidade com que entraram

Às vezes, necessito de botas... Dão segurança andam por caminhos enlameados e difíceis São armaduras seguras Mas, com o tempo tornam-se pesadas, esquentam e quero tirá-las

Gosto dos chinelos... São displicentes atrevidos andam por caminhos irreverentes Acham que calçam bem e até mostram caminhos De repente, as correias se desprendem... O desapontamento desnorteia...

Já tive sapatos bem calçados e seguros outros displicentes Já tive até sapato de cristal... Hoje?

Tenho os pés descalços que não se ajustam a sapatos Não mais possuem caminhos

Pisam com leveza, buscam amaciarem um único caminho Preferem se deixar machucar por pedras esperadas, sabem como tratar Têm medo de experimentarem novos sapatos A que caminhos conduzirão? Pés feridos e sem sapatos são piores do que apenas Pés descalços...

Já tive sapatos bem calçados e seguros outros displicentes Já tive até sapato de cristal