Swing paulistano

De Sexta Poética
Revisão de 14h07min de 29 de agosto de 2020 por Nevinho (discussão | contribs)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar
A versão imprimível não é mais suportada e pode ter erros de renderização. Atualize os favoritos do seu navegador e use a função de impressão padrão do navegador.
19-09-09 1028.jpg

Vou sem rumo nem prumo
sem vontade vou seguindo
pela Rua Haddock Lobo

Com lufadas de vento
correnteza de pessoas
vêm e vão, sequer me veem

Com sono eu submerjo
tateando o corremão
de uma longa escadaria

Eu passo a roleta
sem saber quem mesmo eu sou
sigo pra Tucuruvi

Eu vou até a Luz
ao encontro de Matisse
mas não chego até lá

Sentado nesse trem
assisto o leva-e-traz
brava gente varonil

ainda estou com sono
de repente me desperta
as axilas da mocinha

Me deixo balançar
no swing paulistano
até quando Deus quiser