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De Sexta Poética
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http://www.youtube.com/watch?v=3sUvHpxXCuA
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Quando seus pais se separaram em 56, ficou morando com sua tia Mercedes, em Copacabana, onde assistiu fascinado às primeiras festas de rock’n roll que chegavam por aqui. Em seguida foi com seu pai para Santos, até voltar a morar no Rio em 60. Estudou no colégio Batista da rua José Higino na Tijuca. Colégio extremamente conservador e linha dura, onde os alunos internos tinham que fazer ordem unida no recreio e só iam pra casa nos finais de semana, uma barra... Ali aos nove anos conheceu o artista e curador Wagner Barja que veio reencontrar anos depois em Brasília. Viveu muitos anos com seu pai em São Paulo, origem de sua vertente mais urbana e cosmopolita. Estudou no colégio São Bento em 67 e 68 em plena era Beatles, onde aprendeu inglês, fugiu do catolicismo e das aulas de religião. Era menino e pouco politizado pra aderir ao movimento estudantil. Em Sampa atualizou-se com as modas londrinas da rua Augusta, o cinema de arte, o início do movimento tropicalista, museus e exposições de artes visuais. Trabalhou como arte finalista na editora Abril, marginal do Tietê, onde conheceu o poeta Joba Tridente que como ele sempre gostou de música e poesia. Aprendeu desde menino a ouvir a música de Ary Barroso, João de Barro, Ismael Silva, Noel Rosa e Pixinguinha, amigos de seu segundo pai - Fausto Veloso, dentista e pianeiro, músico amador, que morou em sua juventude no Estácio. Sua mãe, dona Lili tem uma prodigiosa memória musical e ainda lembra das músicas que aprendeu menina com a avó sevilhana. Conhece de cor velhos sambas de sua mocidade e é entusiasmada com a obra de Heitor Villa-Lobos. Lembra de ter participado de um coral de milhares de vozes infantis regido pelo maestro no Maracanãzinho. Hoje Romulo mora num sítio perto de Brasília, deitou raízes na região dos Cerrados - o sertão descrito poeticamente por Guimarães Rosa. Descobriu que o Brasil é bem mais que um lindo litoral. Artista visual com atuação muito ligada ao ambiente e arte educador, acha que é possível uma escola mais criativa e prazeirosa. Talvez também poeta uma vez que gosta de escrever e faz experimentos com palavras: o poder transformador da poesia.
Quando seus pais se separaram em 56, ficou morando com sua tia Mercedes, em Copacabana, onde assistiu fascinado às primeiras festas de rock’n roll que chegavam por aqui. Em seguida foi com seu pai para Santos, até voltar a morar no Rio em 60. Estudou no colégio Batista da rua José Higino na Tijuca. Colégio extremamente conservador e linha dura, onde os alunos internos tinham que fazer ordem unida no recreio e só iam pra casa nos finais de semana, uma barra... Ali aos nove anos conheceu o artista e curador Wagner Barja que veio reencontrar anos depois em Brasília. Viveu muitos anos com seu pai em São Paulo, origem de sua vertente mais urbana e cosmopolita. Estudou no colégio São Bento em 67 e 68 em plena era Beatles, onde aprendeu inglês, fugiu do catolicismo e das aulas de religião. Era menino e pouco politizado pra aderir ao movimento estudantil. Em Sampa atualizou-se com as modas londrinas da rua Augusta, o cinema de arte, o início do movimento tropicalista, museus e exposições de artes visuais. Trabalhou como arte finalista na editora Abril, marginal do Tietê, onde conheceu o poeta Joba Tridente que como ele sempre gostou de música e poesia. Aprendeu desde menino a ouvir a música de Ary Barroso, João de Barro, Ismael Silva, Noel Rosa e Pixinguinha, amigos de seu segundo pai - Fausto Veloso, dentista e pianeiro, músico amador, que morou em sua juventude no Estácio. Sua mãe, dona Lili tem uma prodigiosa memória musical e ainda lembra das músicas que aprendeu menina com a avó sevilhana. Conhece de cor velhos sambas de sua mocidade e é entusiasmada com a obra de Heitor Villa-Lobos. Lembra de ter participado de um coral de milhares de vozes infantis regido pelo maestro no Maracanãzinho. Hoje Romulo mora num sítio perto de Brasília, deitou raízes na região dos Cerrados - o sertão descrito poeticamente por Guimarães Rosa. Descobriu que o Brasil é bem mais que um lindo litoral. Artista visual com atuação muito ligada ao ambiente e arte educador, acha que é possível uma escola mais criativa e prazeirosa (continuar a revolução cultural dos 60's talvez seja a solução). Pintoandrade é também poeta uma vez que gosta de escrever e faz experimentos com palavras: o poder transformador da poesia.


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Edição das 08h56min de 9 de março de 2010

Nasceu em Niterói – RJ em 1954. Seus pais Darcylia e Nelson se conheceram nas barcas da Cantareira. Viveu anos de infância simples e feliz no bairro da Taquara em Jacarepaguá, entre quintais de muitas árvores, frutos e pássaros. Lá fez amigos em diversas classes sociais e estudou em escolas públicas onde se cantava, se fazia teatro, recitava poesia e a arte era valorizada no estímulo ao desenvolvimento das crianças. Seu perfil mais ecológico vem desse tempo, convivendo com reservas florestais do Grajaú e da Tijuca. Tem saudades daquele Rio de Janeiro alegre, musical, revolucionário, gentil, poético e solidário que conheceu em sua infância, início dos anos 60. Será que a delicadeza do Brasil está mesmo perdida?

Quando seus pais se separaram em 56, ficou morando com sua tia Mercedes, em Copacabana, onde assistiu fascinado às primeiras festas de rock’n roll que chegavam por aqui. Em seguida foi com seu pai para Santos, até voltar a morar no Rio em 60. Estudou no colégio Batista da rua José Higino na Tijuca. Colégio extremamente conservador e linha dura, onde os alunos internos tinham que fazer ordem unida no recreio e só iam pra casa nos finais de semana, uma barra... Ali aos nove anos conheceu o artista e curador Wagner Barja que veio reencontrar anos depois em Brasília. Viveu muitos anos com seu pai em São Paulo, origem de sua vertente mais urbana e cosmopolita. Estudou no colégio São Bento em 67 e 68 em plena era Beatles, onde aprendeu inglês, fugiu do catolicismo e das aulas de religião. Era menino e pouco politizado pra aderir ao movimento estudantil. Em Sampa atualizou-se com as modas londrinas da rua Augusta, o cinema de arte, o início do movimento tropicalista, museus e exposições de artes visuais. Trabalhou como arte finalista na editora Abril, marginal do Tietê, onde conheceu o poeta Joba Tridente que como ele sempre gostou de música e poesia. Aprendeu desde menino a ouvir a música de Ary Barroso, João de Barro, Ismael Silva, Noel Rosa e Pixinguinha, amigos de seu segundo pai - Fausto Veloso, dentista e pianeiro, músico amador, que morou em sua juventude no Estácio. Sua mãe, dona Lili tem uma prodigiosa memória musical e ainda lembra das músicas que aprendeu menina com a avó sevilhana. Conhece de cor velhos sambas de sua mocidade e é entusiasmada com a obra de Heitor Villa-Lobos. Lembra de ter participado de um coral de milhares de vozes infantis regido pelo maestro no Maracanãzinho. Hoje Romulo mora num sítio perto de Brasília, deitou raízes na região dos Cerrados - o sertão descrito poeticamente por Guimarães Rosa. Descobriu que o Brasil é bem mais que um lindo litoral. Artista visual com atuação muito ligada ao ambiente e arte educador, acha que é possível uma escola mais criativa e prazeirosa (continuar a revolução cultural dos 60's talvez seja a solução). Pintoandrade é também poeta uma vez que gosta de escrever e faz experimentos com palavras: o poder transformador da poesia.