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ocupando o lugar do jovem com roupas coloridas. | ocupando o lugar do jovem com roupas coloridas. | ||
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Nascido no interior que virou capital, agora ele vive | agora ele vive em uma metrópole provinciana; | ||
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o assombro da falta de dinheiro | o assombro da falta de dinheiro | ||
e o brilho esperançoso da Bolsa de Valores. | e o brilho esperançoso da Bolsa de Valores. | ||
Vendo-se numa encruzilhada da história, | Vendo-se numa encruzilhada da história, | ||
não se reconhece mais nos monumentos da cidade; | não se reconhece mais nos monumentos da cidade; | ||
disfarça bem, mas todos vêem | disfarça bem, mas todos vêem | ||
seu pouco caso em relação ao futuro: | seu pouco caso em relação ao futuro: | ||
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Edição atual tal como às 14h39min de 16 de junho de 2009
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Lentamente abandonando
as imagens de si mesmo
vê no espelho do banheiro
o reflexo do bancário
rosto vincado, marcado,
não mais daquele rapaz
acumulando ilusões,
que sonhava para si
um destino diferente;
o homem sisudo com cinto puído ocupando o lugar do jovem com roupas coloridas.
Nascido no interior que virou capital, agora ele vive em uma metrópole provinciana; crescido e alimentado na cultura multiforme de Brasília, conhece o cheiro forte dos currais e o perfume ameno dos salões, o assombro da falta de dinheiro e o brilho esperançoso da Bolsa de Valores.
Vendo-se numa encruzilhada da história, não se reconhece mais nos monumentos da cidade; disfarça bem, mas todos vêem seu pouco caso em relação ao futuro: se é tudo engano mesmo, o que vier virá... e será bem vindo.