No Banco da Praça: mudanças entre as edições
Ir para navegação
Ir para pesquisar
m (Banco da Praça foi movido para No Banco da Praça: Achei melhor!) |
(Mudando a categoria.) |
||
(4 revisões intermediárias por 2 usuários não estão sendo mostradas) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{Comentário}} | {{Comentário}}[[Arquivo:Banco2.jpg|thumb|right|520px]] | ||
<poem> | <poem> | ||
::''''''Banco da Praça'''''' | ::''''''No Banco da Praça'''''' | ||
::(Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos) | ::(Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos) | ||
Se por acaso me | Se por acaso me achares bonita | ||
:Não | :Não diga nada! Cale-se... | ||
:: | ::Deixe que o tempo me retrate | ||
Se por acaso me | Se por acaso me achares perfeita | ||
:Também, não diga nada! | :Também, não diga nada! Cale-se... | ||
::Deixe que eu termine minhas obras | ::Deixe que eu termine minhas obras | ||
:::e que elas me definam | :::e que elas me definam | ||
Se por acaso me | Se por acaso me achares maravilhosa | ||
:Tampouco, não | :Tampouco, não diga nada! Cale-se... | ||
::Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine | ::Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine | ||
:::o meu lapidar | :::o meu lapidar | ||
Se me | Se me achares doce | ||
:Também não | :Também não diga nada! Cale-se... | ||
::Deixe que o oceano da rotina se misture a mim, | ::Deixe que o oceano da rotina se misture a mim, | ||
:::depois | :::depois sorva-me um gole salinificado pelo dia-a-dia | ||
::::::E se depois disso tudo, ainda, | ::::::E se depois disso tudo, ainda, | ||
:::::: | ::::::quiseres do meu lado ficar? | ||
Há um lugar no banco | Há um lugar no banco daquela praça | ||
:onde | :onde estarei todas as manhãs | ||
::Embaixo daquele jequitibá | ::Embaixo daquele jequitibá | ||
:::Onde o chão é todo rendado | :::Onde o chão é todo rendado | ||
Linha 41: | Linha 41: | ||
E se por um ato do destino | E se por um ato do destino | ||
:Lá | :Lá não estiveres... | ||
Ainda, assim, lá estarei | Ainda, assim, lá eu estarei | ||
:Sob a sombra do jequitibá | :Sob a sombra do jequitibá | ||
::Num tapete rendado pelo sol | ::Num tapete rendado pelo sol | ||
Linha 50: | Linha 50: | ||
:::::Meus bisnetos flagrantes | :::::Meus bisnetos flagrantes | ||
:::::: No banco daquela praça. | ::::::No banco daquela praça... | ||
::::::::''Julho/2010'' | ::::::::''Julho/2010'' | ||
{{Comentário}} | {{Comentário}} | ||
[[Categoria: | [[Categoria:Zaida]] |
Edição atual tal como às 19h57min de 15 de abril de 2011
<poem>
- 'No Banco da Praça'
- (Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos)
Se por acaso me achares bonita
- Não diga nada! Cale-se...
- Deixe que o tempo me retrate
Se por acaso me achares perfeita
- Também, não diga nada! Cale-se...
- Deixe que eu termine minhas obras
- e que elas me definam
- Deixe que eu termine minhas obras
Se por acaso me achares maravilhosa
- Tampouco, não diga nada! Cale-se...
- Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine
- o meu lapidar
- Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine
Se me achares doce
- Também não diga nada! Cale-se...
- Deixe que o oceano da rotina se misture a mim,
- depois sorva-me um gole salinificado pelo dia-a-dia
- Deixe que o oceano da rotina se misture a mim,
- E se depois disso tudo, ainda,
- quiseres do meu lado ficar?
Há um lugar no banco daquela praça
- onde estarei todas as manhãs
- Embaixo daquele jequitibá
- Onde o chão é todo rendado
- pelas sombras das folhas
- dos dias ensolarados
- pelas sombras das folhas
- Onde o chão é todo rendado
- Embaixo daquele jequitibá
- E de onde distante ficarei a fitar
- meus flagrantes bisnetos...
A sorrirem de tanta graça
- daquela bisa que fica ali sentada
- enrolada em seu xale rendado
- a sorrir de volta pra eles, toda encantada...
- enrolada em seu xale rendado
- No banco daquela praça.
E se por um ato do destino
- Lá não estiveres...
Ainda, assim, lá eu estarei
- Sob a sombra do jequitibá
- Num tapete rendado pelo sol
- Toda enrolada em meu xale de renda
- a sorrir e a fitar, toda encantada...
- Meus bisnetos flagrantes
- a sorrir e a fitar, toda encantada...
- Toda enrolada em meu xale de renda
- Num tapete rendado pelo sol
- No banco daquela praça...
- Julho/2010