Ipê Mulher: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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'''Ipê Mulher'''
{{Comentário}}<poem>


<p> Cavucos insistentes em um lugar qualquer </p>
Cavucos insistentes em um lugar qualquer
<p> A escavadeira bruta não rompe o solo </p>
A escavadeira bruta não rompe o solo
<p> Temo não concluir o signo da mulher </p>
Temo não concluir o signo da mulher
<p> Olho em volta em busca de consolo </p>
Olho em volta em busca de consolo


Que faço nessa montanha, peito molhado, cansado
Busca de sonho, busca de ser e existir, busca...
O esforço é enorme, suor de alma, evidenciado
Ainda que a vista seja longa, o pensar ofusca


<p> Que faço nessa montanha, peito molhado, cansado </p>
Uma gota escorre da testa. Arde e turva meus olhos
<p> Busca de sonho, busca de ser e existir, busca... </p>
Ainda assim, perto de mim, uma mancha de solo fresco
<p> O esforço é enorme, suor de alma, evidenciado </p>
A cavadeira retira rápido a terra a ser devolvida
<p> Ainda que a vista seja longa, o pensar ofusca </p>
No buraco exposto da terra ferida, coloco meu afresco


Um muda de ipê dourado desejando que adulta, grite
Porque sua beleza não se resume nos modos do ver
Flores amarelas gritam no coração de quem admite
E coração escuta mais do que se pode aperceber


<p> Uma gota escorre da testa. Arde e turva meus olhos </p>
Feita a obra, terra devolvida, ferida sanada
<p> Ainda assim, perto de mim, uma mancha de solo fresco </p>
Obra entregue com feitio de mulher, plantada!
<p> A cavadeira retira rápido a terra a ser devolvida </p>
Guardo a escavadeira. Nas mãos, marca ralada
<p> No buraco exposto da terra ferida, coloco meu afresco </p>
Viro as costas e desço trilha. Obra terminada!


 
{{Comentário}}
<p> Um muda de ipê dourado desejando que adulta, grite </p>
[[Categoria:Niro]]
<p> Porque sua beleza não se resume nos modos do ver </p>
<p> Flores amarelas gritam no coração de quem admite </p>
<p> E coração escuta mais do que se pode aperceber </p>
 
 
<p> Feita a obra, terra devolvida, ferida sanada </p>
<p> Obra entregue com feitio de mulher, plantada! </p>
<p> Guardo a escavadeira. Nas mãos, marca ralada </p>
<p> Viro as costas e desço trilha. Obra terminada! </p>
 
 
<p> by Niro </p>
Brasília, 18/10/2010

Edição atual tal como às 08h58min de 19 de outubro de 2010

<poem>

Cavucos insistentes em um lugar qualquer A escavadeira bruta não rompe o solo Temo não concluir o signo da mulher Olho em volta em busca de consolo

Que faço nessa montanha, peito molhado, cansado Busca de sonho, busca de ser e existir, busca... O esforço é enorme, suor de alma, evidenciado Ainda que a vista seja longa, o pensar ofusca

Uma gota escorre da testa. Arde e turva meus olhos Ainda assim, perto de mim, uma mancha de solo fresco A cavadeira retira rápido a terra a ser devolvida No buraco exposto da terra ferida, coloco meu afresco

Um muda de ipê dourado desejando que adulta, grite Porque sua beleza não se resume nos modos do ver Flores amarelas gritam no coração de quem admite E coração escuta mais do que se pode aperceber

Feita a obra, terra devolvida, ferida sanada Obra entregue com feitio de mulher, plantada! Guardo a escavadeira. Nas mãos, marca ralada Viro as costas e desço trilha. Obra terminada!