Carta de Brasília: mudanças entre as edições
Sem resumo de edição |
Sem resumo de edição |
||
Linha 22: | Linha 22: | ||
Defendemos nossa atuação como artistas que seguram a barra desta cidade, dos que vieram, aqui permaneceram e se comprometeram com o sonho de um país e uma sociedade mais justa e solidária. Lutamos pra construir um imaginário poético e uma identidade cultural, com nossa atuação muitas vezes pioneira, entre pessoas distantes de suas regiões de origem e suas tradições. Com nossa obra humanizamos essas superquadras, esses prédios e monumentos arquitetônicos, vastos espaços muito além do Plano piloto, incluindo as outras cidades e entorno: ponto de convergência de tantos Brasis. | Defendemos nossa atuação como artistas que seguram a barra desta cidade, dos que vieram, aqui permaneceram e se comprometeram com o sonho de um país e uma sociedade mais justa e solidária. Lutamos pra construir um imaginário poético e uma identidade cultural, com nossa atuação muitas vezes pioneira, entre pessoas distantes de suas regiões de origem e suas tradições. Com nossa obra humanizamos essas superquadras, esses prédios e monumentos arquitetônicos, vastos espaços muito além do Plano piloto, incluindo as outras cidades e entorno: ponto de convergência de tantos Brasis. | ||
Uma arte não só de Brasília, mas Arte que acontece nesta vasta região, afinal o processo da arte não tem fronteiras e abrange outros contextos que se expandiram com o enorme crescimento do DF. Manifestamos também assim o sentimento que temos por essa região que com nosso trabalho, empenho, bons pensamentos, criatividade/obras ajudamos a construir. | Uma arte não só de Brasília, mas Arte que acontece nesta vasta região, afinal o processo da arte não tem fronteiras e abrange outros contextos que se expandiram com o enorme crescimento do DF. Manifestamos também assim o sentimento que temos por essa região que com nosso trabalho, empenho, bons pensamentos, intuição e criatividade/obras ajudamos a construir. | ||
Como diz o poeta Manoel de Barros, assumimos nossa "disfunção lírica" por termos parafusos trocados, como se diz dos poetas. Talvez | Como diz o poeta Manoel de Barros, assumimos nossa "disfunção lírica" por termos parafusos trocados, como se diz dos poetas. Talvez a atividade cerebral diferenciada ,onde a intuição e os processos cognitivos e sensíveis se integram. Somos as antenas da raça e captamos muitas vezes proféticamente os sinais do tempo, o espírito de uma época. Sabemos também que geramos riqueza, incrementamos o turismo, que o investimento nos processos da cultura promovem a educação e a paz entre as sociedades. A Europa não teria a força econômica se não fosse pelo patrimônio artistico e cultural que preserva. | ||
Só aceitamos a inércia para movimentar as palavras e expressar com elas nossa energia. Sabemos que do monturo pode nascer uma flor, por isso nos orgulhamos de em meio à sujeira da política local fazer soar nosso canto de esperança. | |||
Edição das 07h27min de 14 de março de 2010
Esse texto será sendo escrito pelos artistas de Brasília, reunidos em torno do movimento É possível!.
Para colaborar, clique na aba Editar acima e escreva à vontade. Não se esqueça de salvar (botão no roda pé do box de edição).
Se quiser, pode também editar na aba Discussão.
O sistema registra o IP do computador que fez edições. Para deixar registrado seu nome, é necessário criar uma conta AQUI.
<poem> Nós, poetas, músicos, pintores, artistas da grande Brasília, escrevemos esta carta para nos posicionar frente aos últimos acontecimentos envolvendo nossa cidade e noticiados fartamente pela mídia nacional. Queremos celebrar os cinquenta anos de nossa cidade de cabeça erguida e com a alma lavada, dentro deste movimento de luta pela ética, pela cultura e a cidadania.
"Os sonhos não envelhecem"
Viva Lúcio Costa, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro, Roberto Burle-Marx, Alcides Rocha Miranda, Agostinho da Silva, Wladimir Murtinho, Athos Bulcão, Reynaldo Jardim, Cildo Meireles, Ary Para-raios, Maria Coeli, Ana Miranda, Renato Russo, Myrthes Mattos, Cristininha Bomdemais, Paulo Bertran, Vera e TT Catalão, Ezequias Heringer, seu Teodoro, Tião da onça, Cassiano Nunes, Wladimir de Carvalho, Glênio Bienchetti, o arquiteto Lelé, Zanine Caldas, Rubem Valentim, Marco Antonio Guimarães e tantos outros...
Brasília é dos sonhadores, dos criadores, dos trabalhadores, dos bons empresários, dos que cuidam dos outros, dos que cuidam da chama da vida. Que vá a lama, que venha o leite e mel do futuro imaginado em pedra, palavra e suor. Brasília nasceu visionária, nasceu aquariana, nasceu solidária. Não há ladrão de gravata que tenha o direito de invadir nossa poética praia. Na festa dos cinqüenta anos da nossa querida Brasília, que saiam de cena os ladrões, os capangas, os parasitas, e entrem, montados no eixão/corpo do pássaro, os que sabem voar em suas asas!!!
Defendemos nossa atuação como artistas que seguram a barra desta cidade, dos que vieram, aqui permaneceram e se comprometeram com o sonho de um país e uma sociedade mais justa e solidária. Lutamos pra construir um imaginário poético e uma identidade cultural, com nossa atuação muitas vezes pioneira, entre pessoas distantes de suas regiões de origem e suas tradições. Com nossa obra humanizamos essas superquadras, esses prédios e monumentos arquitetônicos, vastos espaços muito além do Plano piloto, incluindo as outras cidades e entorno: ponto de convergência de tantos Brasis.
Uma arte não só de Brasília, mas Arte que acontece nesta vasta região, afinal o processo da arte não tem fronteiras e abrange outros contextos que se expandiram com o enorme crescimento do DF. Manifestamos também assim o sentimento que temos por essa região que com nosso trabalho, empenho, bons pensamentos, intuição e criatividade/obras ajudamos a construir.
Como diz o poeta Manoel de Barros, assumimos nossa "disfunção lírica" por termos parafusos trocados, como se diz dos poetas. Talvez a atividade cerebral diferenciada ,onde a intuição e os processos cognitivos e sensíveis se integram. Somos as antenas da raça e captamos muitas vezes proféticamente os sinais do tempo, o espírito de uma época. Sabemos também que geramos riqueza, incrementamos o turismo, que o investimento nos processos da cultura promovem a educação e a paz entre as sociedades. A Europa não teria a força econômica se não fosse pelo patrimônio artistico e cultural que preserva.
Só aceitamos a inércia para movimentar as palavras e expressar com elas nossa energia. Sabemos que do monturo pode nascer uma flor, por isso nos orgulhamos de em meio à sujeira da política local fazer soar nosso canto de esperança.