No Banco da Praça: mudanças entre as edições
Ir para navegação
Ir para pesquisar
(Temporizando) |
m (Banco da Praça foi movido para No Banco da Praça: Achei melhor!) |
(Sem diferença)
|
Edição das 12h38min de 31 de agosto de 2010
<poem>
- 'Banco da Praça'
- (Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos)
Se por acaso me acharem bonita
- Não digam nada! Calem-se...
- Deixem que o tempo me retrate
Se por acaso me acharem perfeita
- Também, não diga nada! Calem-se...
- Deixe que eu termine minhas obras
- e que elas me definam
- Deixe que eu termine minhas obras
Se por acaso me acharem maravilhosa
- Tampouco, não digam nada! Calem-se...
- Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine
- o meu lapidar
- Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine
Se me acharem doce
- Também não digam nada! Calem-se...
- Deixe que o oceano da rotina se misture a mim,
- depois sorvam-me num gole
- Deixe que o oceano da rotina se misture a mim,
- E se depois disso tudo, ainda,
- quiserem do meu lado ficar?
Há um lugar no banco da praça
- onde irei todas as manhãs
- Embaixo daquele jequitibá
- Onde o chão é todo rendado
- pelas sombras das folhas
- dos dias ensolarados
- pelas sombras das folhas
- Onde o chão é todo rendado
- Embaixo daquele jequitibá
- E de onde distante ficarei a fitar
- meus flagrantes bisnetos...
A sorrirem de tanta graça
- daquela bisa que fica ali sentada
- enrolada em seu xale rendado
- a sorrir de volta pra eles, toda encantada...
- enrolada em seu xale rendado
- No banco daquela praça.
E se por um ato do destino
- Lá ninguém se sentar...
Ainda, assim, lá estarei
- Sob a sombra do jequitibá
- Num tapete rendado pelo sol
- Toda enrolada em meu xale de renda
- a sorrir e a fitar, toda encantada...
- Meus bisnetos flagrantes
- a sorrir e a fitar, toda encantada...
- Toda enrolada em meu xale de renda
- Num tapete rendado pelo sol
- No banco daquela praça.
- Julho/2010