Ipê Mulher: mudanças entre as edições
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<p> Cavucos insistentes em um lugar qualquer </p> | <p> Cavucos insistentes em um lugar qualquer </p> | ||
A escavadeira bruta não rompe o solo | <p> A escavadeira bruta não rompe o solo </p> | ||
Temo não concluir o signo da mulher | <p> Temo não concluir o signo da mulher </p> | ||
Olho em volta em busca de consolo | <p> Olho em volta em busca de consolo </p> | ||
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<p> Que faço nessa montanha, peito molhado, cansado </p> | |||
<p> Busca de sonho,busca de ser e existir, busca... </p> | |||
<p> O esforço é enorme, suor de alma, evidenciado </p> | |||
<p> Ainda que a vista seja longa, o pensar ofusca </p> | |||
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<p> Uma gota escorre da testa. Arde e turva meus olhos </p> | |||
<p> Ainda assim, perto de mim, uma mancha de solo fresco </p> | |||
<p> A cavadeira retira rápido a terra a ser devolvida </p> | |||
<p> No buraco exposto da terra ferida, coloco meu afresco </p> | |||
<p> Um muda de ipê dourado desejando que adulta, grite </p> | |||
<p> Porque sua beleza não se resume nos modos do ver </p> | |||
<p> Flores amarelas gritam no coração de quem admite </p> | |||
<p> E coração escuta mais do que se pode aperceber </p> | |||
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<p> Feita a obra, terra devolvida, ferida sanada </p> | |||
<p> Obra entregue com feitio de mulher, plantada! </p> | |||
<p> Guardo a escavadeira. Nas mãos, marca ralada </p> | |||
<p> Viro as costas e desço trilha. Obra terminada! </p> | |||
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Um muda de ipê dourado desejando que adulta, grite | <p> by Niro </p> | ||
Porque sua beleza não se resume nos modos do ver | Brasília, 18/10/2010 | ||
Flores amarelas gritam no coração de quem admite | |||
E coração escuta mais do que se pode aperceber | |||
Feita a obra, terra devolvida, ferida sanada | |||
Obra entregue com feitio de mulher, plantada! | |||
Guardo a escavadeira. Nas mãos, marca ralada | |||
Viro as costas e desço trilha. Obra terminada! | |||
by Niro |
Edição das 09h17min de 18 de outubro de 2010
Ipê Mulher
Cavucos insistentes em um lugar qualquer
A escavadeira bruta não rompe o solo
Temo não concluir o signo da mulher
Olho em volta em busca de consolo
Que faço nessa montanha, peito molhado, cansado
Busca de sonho,busca de ser e existir, busca...
O esforço é enorme, suor de alma, evidenciado
Ainda que a vista seja longa, o pensar ofusca
Uma gota escorre da testa. Arde e turva meus olhos
Ainda assim, perto de mim, uma mancha de solo fresco
A cavadeira retira rápido a terra a ser devolvida
No buraco exposto da terra ferida, coloco meu afresco
Um muda de ipê dourado desejando que adulta, grite
Porque sua beleza não se resume nos modos do ver
Flores amarelas gritam no coração de quem admite
E coração escuta mais do que se pode aperceber
Feita a obra, terra devolvida, ferida sanada
Obra entregue com feitio de mulher, plantada!
Guardo a escavadeira. Nas mãos, marca ralada
Viro as costas e desço trilha. Obra terminada!
by Niro
Brasília, 18/10/2010