No Banco da Praça: mudanças entre as edições

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::(Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos)
::(Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos)



Edição das 12h39min de 31 de agosto de 2010

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'No Banco da Praça'
(Aos meus filhos, futuros netos e bisnetos)

Se por acaso me acharem bonita

Não digam nada! Calem-se...
Deixem que o tempo me retrate

Se por acaso me acharem perfeita

Também, não diga nada! Calem-se...
Deixe que eu termine minhas obras
e que elas me definam

Se por acaso me acharem maravilhosa

Tampouco, não digam nada! Calem-se...
Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine
o meu lapidar

Se me acharem doce

Também não digam nada! Calem-se...
Deixe que o oceano da rotina se misture a mim,
depois sorvam-me num gole
E se depois disso tudo, ainda,
quiserem do meu lado ficar?

Há um lugar no banco da praça

onde irei todas as manhãs
Embaixo daquele jequitibá
Onde o chão é todo rendado
pelas sombras das folhas
dos dias ensolarados
E de onde distante ficarei a fitar
meus flagrantes bisnetos...

A sorrirem de tanta graça

daquela bisa que fica ali sentada
enrolada em seu xale rendado
a sorrir de volta pra eles, toda encantada...
No banco daquela praça.

E se por um ato do destino

Lá ninguém se sentar...

Ainda, assim, lá estarei

Sob a sombra do jequitibá
Num tapete rendado pelo sol
Toda enrolada em meu xale de renda
a sorrir e a fitar, toda encantada...
Meus bisnetos flagrantes
No banco daquela praça.
Julho/2010