O Último Messias: mudanças entre as edições

De Sexta Poética
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No abismo da minha alma  
No abismo da minha alma  
Fiz votos diábolicos comigo mesmo
Fiz votos diábolicos comigo
Manobra arriscada
Manobra arriscada
Joguei ao vento os deuses estranhos
Joguei ao vento os deuses estranhos

Edição das 08h48min de 18 de setembro de 2009


Os ponteiros do marcador
Caminham lentos para o infinito
Os sons monótonos persistem
Não há mais o que buscar.

As paredes acolchoadas e estofadas
São minhas amigas contínuas
O branco que as preenche
Não machuca mais meus olhos.

Meus braços imóveis
Enfim já não doem mais.

No abismo da minha alma
Fiz votos diábolicos comigo
Manobra arriscada
Joguei ao vento os deuses estranhos
Assumi minha própria Divindade.

Serei o último Messias ?
Danço entre flores mortas
Estarei ao seu lado sempre.

Ousei sonhar um sonho diferente
Me libertei pela minha vontade
Na mais profunda escuridão
Libertei-me das garras da delusão.

Os sentimentos mesquinhos
Não vão mais me consumir
Suplantei os limites de mim mesmo
Agora me limito pela minha própria vontade.

Abri com a violência meu sofrimento
Os portões dos céus
Os vermes devoram meu ventre aberto
Mas a dor não suplanta a Iluminação.

Eu que fui abandonado aqui
Grito, mas não há quem ouça
Sou um homem solitário,
Mas não abandonado
Não há mais pesadelos
Nas rugas da face no espelho.

Meu coração não encontra mais lugar
Para acomodar sofrimentos
Finalmente olho para os céus e vejo
Estrelas visíveis.

Não acompanho mais pessoas
Que não são humanas suficientes
Para chorar
Pessoas que não tem humanidade
Para renunciar aos céus
E deixar-se nos infernos
Para salvar
Aos que não tem salvação.

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Olhei no fundo do teu coração
Vi tanta dor, angústia e solidão
Se estender suas mãos para mim
Vou lhe dar um motivo para sorrir.

Mesmo que baile na ponta do abismo
Eu estou sempre contigo
Feche os olhos comigo
E Sonhe...