Sexta poética: mudanças entre as edições

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::[[Poema do agradecimento]]
::[[SEM ROSTO NA GROVE STREET]]


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A tudo que me faz poesia
"para Z. Apokalypsis"


Agradeço às putas por não me seduzirem
Não reconheço mais o rosto
Às mulheres que amo por não me amarem
que me foi caro, aquele, raro,
Às noites de insônia, tristeza e angústia
que tão bem conheci.
À frieza do ecrã, à maciez das teclas
Jaz na noite, negra noite
E ao ruído incessante da ventoinha
da canção que perdi.


A cada ciclo no silício,
As manhãs que eram eternas
Mais rápido que nossa mente
morreram nos armários do sobrado.
E mais quente que nosso corpo,
Nunca mais os bondinhos
Transmitindo nossos equívocos e acertos
no sobe-desce de alamedos
Indiferentemente
escarpados, acordes partindo
caminhos e corações ao meio.


Agradeço ao Névio por criar este espaço
Deixei meu papagaio
Ao espaço por conter as estrelas
em Fisherman’s Wharf
Às estrelas por negarem seu abraço
a pedra azul do destino
que cantava os sonhos
sem receios, os seios
que o amaram do avesso,
por inteiro.


[[:Categoria:Poemas abertos|Solstag]]
A ponte dourada era de fato
de ferro de faca defunta desfeita,
e os ventos levaram o leito de águas
a cantos de outros versos.
Em sombras ficaram as sobras
daquela face interminada
sem restauro, sem recomeço.
 
[[:Categoria:Angélica Torres Lima|Angélica Torres Lima]]


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Edição das 09h46min de 21 de janeiro de 2011

Bem vindo!   128px-Globe of letters.svg.png    Hoje é sexta-feira, 3 de maio.    600px-Wikibrasil.png

POEMA DA SEMANA

SEM ROSTO NA GROVE STREET


"para Z. Apokalypsis"

Não reconheço mais o rosto
que me foi caro, aquele, raro,
que tão bem conheci.
Jaz na noite, negra noite
da canção que perdi.

As manhãs que eram eternas
morreram nos armários do sobrado.
Nunca mais os bondinhos
no sobe-desce de alamedos
escarpados, acordes partindo
caminhos e corações ao meio.

Deixei meu papagaio
em Fisherman’s Wharf
a pedra azul do destino
que cantava os sonhos
sem receios, os seios
que o amaram do avesso,
por inteiro.

A ponte dourada era de fato
de ferro de faca defunta desfeita,
e os ventos levaram o leito de águas
a cantos de outros versos.
Em sombras ficaram as sobras
daquela face interminada
sem restauro, sem recomeço.

Angélica Torres Lima

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