A responsável
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Ni!
A professora de português?
Não atrapalhou.
A bibliotecária?
Não intercedeu.
Quem, então, foi o responsável?
Não foi mulher.
Nem homem.
Nem deus.
Foi a biblioteca.
Shakespeare, Galileu, Pessoa, Nietzsche.
Todos lá, empoeirados, esperando por mim.
Ela, inanimada, involuntária, serena.
Aaah... saudades dos meus 10 a 16 anos.
Aos 16 já descobria a Internet.
Biblioteca de biliotecas.
Dez mil anos de história diante dos meus olhos.
Seis bilhões de irmãos ao alcance dos meus braços.
E na frieza das suas teclas, o calor dos seus abraços.
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