Sexta, 05/09/2008

De Sexta Poética
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(para Renata Rodrigues Maia-Pinto)

O amor, aquele mel translúcido
especiaria raríssima raríssima-
mente eu pude provar
 
O amor, essa mercadoria barata
com alguns miréis já pude comprar

Amor, palavra-síntese, abismo e refúgio,
luz e escuridão, alforria e ferrão -
sempre esse sei-não-sei:
pura qualidade, ícone abstrato,
qualquer significação.

O amor
submetido à gramática, aos rigores da norma e lei
vira símbolo de negação
referenciando um reino sem rei.