Sexta, 07/04/2006

De Sexta Poética
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Contigo aprendi que o silêncio da mulher amordaça seu intelocutor, sua educada deferência faz-lhe perder o senso do ridículo e aquele sorriso livre singelo propositadamente leve e solto com uma superioridade bem calculada cria no homem uma espécie de couraça (um escudo protetor) contra a qual em vão se debate, e da qual busca a todo custo se despir para viver sua verdade interior - mas ao cabo de tudo essa improvável extravasão lhe deixa preso confinado a um cubículo onde só a paixão existe - amarga e solitariamente resiste.