Swing paulistano

De Sexta Poética
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Vou sem rumo nem prumo
sem vontade vou seguindo
pela Rua Haddock Lobo

Com lufadas de vento
correnteza de pessoas
vêm e vão, sequer me veem

Com sono eu submerjo
tateando o corremão
de uma longa escadaria

Eu passo a roleta
sem saber quem mesmo eu sou
sigo pra Tucuruvi

Eu vou até a Luz
ao encontro de Matisse
mas não chego até lá

Sentado nesse trem
assisto o leva-e-traz
brava gente varonil

ainda estou com sono
de repente me desperta
as axilas da mocinha

Me deixo balançar
no swing paulistano
até quando Deus quiser